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Atualizado: 24 de junho de 2025


Acaso crês que todo o labutar eterno do Homem sobre o sólo, a melhorar o inferno dos seus instinctos vis, das suas privações, em guerra aberta ao mar, aos ventos, aos vulcões, ao Infinito, ao Finito, á Besta, ás más paixões, á Terra amarga e dura, á Treva, ao Inconsciente, todo esse fermentar energico, vehemente, toda a rebellião extraordinaria, séria, do Diabo com Deus, da Alma com a Materia, toda a guerra feroz, eterna contra o Abuso, o scismar do que achou, primeiro, o Parafuso, o cerebro do que achou o Esquadrio e o Camartello, o que inventou a Lyra e cinzelou o Bello, o que ergueu sobre a praça o primitivo Arco, o que accende a Caldeira e o que arrojou o Barco aos abysmos do mar com a primeira Vella, o que arredonda a Ogiva e rasga uma Janella, o que inventa o Vapor, esbofeteia a onda, o que descobre a Roda; o que inventou a Sonda, o que quiz ver os soes e inventa o Telescopio, o que quiz ver o insecto e achou o Microscopio, o que contorna o acantho em torno ao Capitel, o que constroe a Estatua, a Valvula, o Cinzel, a Columna, o Timão, o Escopro, mais a Serra, o que forja as crueis armas brancas da guerra, Newton que descobriu o gravitar dos astros, Phidias, ao qual ninguem nunca seguiu os rastros, Humboldt, o que correu todo o Cosmos inteiro, Rouget de Lisle o auctor do eterno hymno guerreiro, Le Verrier que ao Ceu deu mais outro planeta, Orpheu que fez a Lyra e Kempis velho asceta que em sua cella agita a mystica alma humana; o que descobre o Fogo, o auctor do Ramayana, n'aquella India mãe de gerações guerreiras onde erram os fakirs á sombra das palmeiras, n'esse Oriente pae dos deuses indistinctos onde Jesus scismou perto dos therebinthos; tu crês que esse animal das primitivas éras que o Lume descobriu para assustar as féras, o que fez a primeira e tepida Cabana, o auctor da velha , do engenho, da Roldana, da primeira Charrua e do primeiro Arado, Juvenal que varou Roma de lado a lado com suas corrupções, crimes, e vãos delirios como a liturgia extranha dos Assyrios; Platão que ergueu á Alma um templo todo d'ouro maior que Nero tinha e que era o seu thesouro; Durer esse pintor extranho, mysterioso, que achou no Pantheismo o mais infindo goso, e na tela onde pinta as folhas e as verduras, entre os ramos desenha extranhas creaturas, como monges fataes minados pela acédia que dão todo o terror da alma da Edade Media; Cervantes, o cruel, que faz errar a trote toda a alma do Sul que encerra em D. Quichote, emquanto o Fausto sonha em virgens de balladas, e o abbade Rabelais se ri ás gargalhadas; Euclides que decreta as leis da Geometria, a Chaldea que ao Ceu arranca a Astronomia e em torres collossaes, á luz das noutes bellas, traça o grande roteiro eterno das estrellas; Goethe que se fundiu na alma da Naturesa, que cantou o Diabo e a lenda da Bellesa, a insomnia da Sciencia, a lampada do Estudo; Goya que fez do mundo um soluçante Entrudo de mendigos, truões, abbades, estudantes; Rembrandt esse senhor das trevas flammejantes, Juvenal que escarrou na Venus Meretriz, Boudha sereno mestre, indú, grave, feliz, prégando um culto novo entre o feroz gentio; o que inventa o Compasso, o Leme do navio, o que accendeu a Forja, inventa a Picareta, o que primeiro aguça a ponta da Lanceta, Vico, o que abre á Sciencia enormes horisontes Cook que encontra ceus, reinos, terras e montes, Dante, o rei do Terror do Inferno nas vertigens, Lamark que descobre as animaes origens, Aretino que açouta os reis como lacaios, Fulton que acha o vapor, Franklin o pára-raios, Camões que salva um livro e a sua eterna gloria, Thierry o que cegou a trabalhar na Historia, Espronceda que canta o hymno da Miseria, Bukner o santo atheu da Força e da Materia, Moysés que fórma um povo, Isocrates, Isaias, Strauss o que anniquilla a lenda do Messias, Menuisier que sonda o mundo pequenino, Miguel Angelo ancião, o Raphael d'Urbino, Tacito e o seu rancor contra o romano solio, Van-Eych o que descobre e acha a pintura a oleo, Kant que abre á Rasão uma moderna estrada, Koerner que faz o hymno e o cantico da Espada, Darwin o que descobre ao mundo absorto e opaco ser Deus uma theoria e o Homem um macaco; Krishna o que prégou nas regiões da Idéa o mesmo que Jesus nos montes da Judéa; Zoroastro que elevou as almas para o Sol, Shelley que é um atheu, Petrarcha um rouxinol, Ary Sheffer que pinta a lenda dolorida do riso do Diabo e a dôr de Margarida; Hegel que assenta a Idea em throno de brilhantes, Fitche que os homens torna aos deuses semelhantes, Milton que no Ceu, Dante que no escuro, Haekel que no mar, S. João sobre o Futuro, Pascal que estuda a Causa e Cuvier o Effeito, Voltaire o que assassina em cheio o Preconceito, Proudhon o que acutila a gorda Ordem nédia, Werner que deu mais sangue ao peito da Tragedia, d'Alembert que povôa os mundos estrellados, Lao-Tseu que canta os canticos sagrados, Berlioz que inventou a musica do Abysmo, o que achou o Alphabeto e a chave do Algarismo, o que fez a Atafona, o que inventou o Malho, toda essa lenda eterna e escura do Trabalho, todo esse bom clarão que a santa Lyra entorna, todo o fogo da Forja, os urros da Bigorna, os silvos da Caldeira, a Roda do Progresso crês que isto ao gesto teu ameaça retrocesso, e tudo volta atraz, cheio d'horror e medo do dedo indicador do general Macedo, ou então dos dragões dos regios pergaminhos: Hintze, o que não ri, e o Arrobas tres pontinhos...? Desillude-te, ó Velho!

«Nós somos o operario curvado sobre o tear, o mineiro, que vive soterrado, e arranca das entranhas da terra o carvão, que alimenta a machina, multiplicando os productos; o ferreiro, que forja e bate o ferro; o carpinteiro, que aperfeiçoa e adelgaça a viga; o pedreiro, que abre os caboucos, e levanta os muros do edificio; a fiandeira, que estende na roca a estriga de linho; o tecelão, que faz o panno, transformado em enxoval da familia; o soldado, que vela nos limites sagrados do solo da patria; e o marinheiro, que atravessa os mares, levando bem alto o pavilhão, que é o emblema d'um povo, e o estandarte sacrosanto do seu paiz.

Rompe o sol; sobre os carvalhos loirejou fulgores; dissipa a treva na montanha; beija certamente a lamina polida; e a enxada, em sagrada ancia de triunfo, inunda o arvorêdo e a seára de clarões de estrêla. Batisou-a o fogo no rubor da forja, e deu-lhe a pureza, diamantina voz, para entoar os cantos da luz celeste».

Diário Ilustrado: «Os meus amores, contos e baladas, por Trindade Coelho. A forja do tempo caldeia-nos o espírito

Tu és como a forja apagada e eu não, eu não, eu ardo!... Olha! Olha!... Mostrava-lhe os montes, o rio, os pinheiros transformados ao luar? Não, não quero ver. Isto tira a força á gente. Olha! olha! Mostrava-lhe, esguio e parecendo um D. Quichotte banhado de luar, um sonho que o outro não podia vêr... Foi esta noite! foi esta noite!

De damarias não curo, nem por mulheres vai longe quem lhes procura a fortuna no regaço. Não me deu Deus geitos de pagem, nem de nâmorado de arrabil. Sou de Guimarães, onde os corações tem mais aço que flores. Tudo que ali nasce parece sahir da forja onde se fazem as rijas laminas das facas de matto e das alabardas.

Era uma vasta forja, onde dois homens, de tamancos nos pés, carapuças vermelhas na cabeça, largos aventaes de couro pendentes do pescôço e justos á cintura, a cara e mãos negras do carvão e do ferro, estendiam em enorme bigorna uma grossa barra, que projectava em todas as direcções chispas ardentes, ao bater cadenciado de dois pesados martellos, puxados por braços nus até ao cotovelo.

Irei apostolar o credo novo; Direi ás multidoens verdades francas, Será o meu jornal jornal do povo. Bem sei que da defeza é árdua a luta... Odeia-me, sem causa, esta nação... Embora! na grandeza dos serviços Compete ao defensor môr galardão. Bem sei quantas calumnias forja a intriga... dellas foi manchado o grande Decio. Quizeram macular Vossa Excellencia Chamando-lhe espião, rival de Mecio!

Junto ás muralhas, no bairro novo de Bezetha, grandes panos vermelhos e azues seccavam em cordas ás portas das tinturarias; um lume vermelhejava no fundo d'uma forja; crianças corriam, brincando sobre a borda d'uma piscina. Adiante, no alto da torre Hippica, que estendia a sua sombra sobre o valle de Hinom, soldados de na amurada apontavam a setta aos abutres voando no azul.

A peleja começou: é preciso arredar, vencer e cada um n'essa edade é o que é. se não amolda: é um ferro desembainhado, sahido da forja; tem os seus habitos, vaidade, mentiras. Tudo o que estava apenas esboçado endureceu; é de pedra. De fórma que se quizeres viver com os outros tens de representar. Da tua edade ha centenas que vão comtigo pelo mesmo caminho e para o mesmo fim.

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