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Com uma ancia vulgar nos espiritos que chegaram ás cumiadas da cultura intellectual, tentou brutificar-se na vida do campo, beber a grandes tragos a alegria que a natureza entorna na alma dos animaes e das plantas. Mas estava muito intellectualisado.

Vejo o vulto de Seneca, seus olhos, De huma luz ardentissima, levanta Meditabundo ao luminoso assento; Piza as salas fataes d'ebano, e d'ouro, Onde o sangue materno hum Nero entorna, Onde jaz de Germanico o cadaver Seneca o monstro louva, e s'entristece: Dependencia d'hum throno a quanto obrigas Pequeno em obras he, grande em sciencia Elle a vida antepoz ao justo, ao pejo Por ella perde de viver as causas: Mas em seu gremio o tem Filosofia, porque disse q' ás acções internas He presente hum juiz, presente hum Nume.

Pequenos logarejos clareiam aqui e ali; muito nos longes, divisa-se a collina de Mizpa e a cordilheira de Gabaão entestando no firmamento azul e alegre. Vae declinando o sol d'uma formosa tarde do começo da primavera, que entorna regaços de seiva, de canticos e de cores por sobre todo o harmonioso quadro.

O correio, arauto do torneio da vida que todos de manhã esperam soffregos, ou não traz carta ou traz más novas; sae-se para a rua sem haver escovado o fato; as pessoas a quem se procura, em morando alto não estão em casa; ao voltar da esquina está á porta da taberna um bebedo a comprar castanhas, e entorna por cima da gente o copo que tem na mão; é n'esse dia quasi sempre que um homem se constipa, rompe a espirrar duas horas, e fica sem o botão do collarinho...

E tudo isto lh'o diz o azeite quando se entorna, e o espelho quando se quebra, e uma aranha no tecto, e um besouro que passa no ar a rosnar-lhe avisos: «Calla-te, calla-te. As fallas são de prata, e o silencio é de ouro. Calla essa boca!...» Outro não se move, não vae d'aqui para ali, sem recorrer a um exame prévio de tudo que o cérca.

Quem em baixo á escarpa D'um ingreme penedo No tremulo arvoredo Entorna os ais d'uma harpa?

Não sei se te lembras da Vicenciasinha, que morreu envenenada, pois olha que tudo me contou e eu... bôa... calada como um pêto... isso assim é de te matar lentamente; desafoga, menina, não ha mal que não tenha remedio. Insinuava-se, offerecia a sua alma como um consolo anodino e bom, um balsamo que se entorna sobre feridas irritadas.

De que veio, pois, todo este reviramento? porque se alçou de repente a guerra? porque é que Troya se esbrazea em chammas? porque se gladiam os que d'antes se abraçavam? porque se entorna o fel sobre esses louros, entretecidos com tanto amor para coroar frontes que hoje se conspurcam? A carta do sr. Castilho escripta a proposito do Poema da Mocidade foi a faúla caída sobre o barril de polvora.

Depois a vida academica absorve-o e elle percorre toda a escala das nobres loucuras de uma mocidade espirituosa e vivaz: empenha as piugas, toca o fado, canelões nos caloiros, espanca os burguezes, faz algumas canções «grivoises», entorna o môlho das ceias pelo peito da batina, e regressa a Lisboa bacharel formado. Tem vinte annos e fez vinte exames.

E, de facto, chega ás maiores extranhezas de gosto na inventiva daquelle livro, e especialmente no seu capitulo: Juizo do Anno, quer pelo turbilhão de côr que delle entorna, quer, sobretudo, pelo seu empenho de phantasia e nuance ali expressos, como ainda pela circumstancia de considerar a mulher o que, porventura, virá um dia a ser, um caso de perfeição sómente, quando a natureza mais accordada com o homem, sahir de sua attitude esphingica, e isto ainda por viver com elle uma futura vida luxuriosa, sem medos e sem pecados...

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