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Irás das trevas á luz! Ha de abrazar-te em desejos Que ella mesma apagará; Has de sentir muitos beijos Sem nunca vêr quem t'os ! Ora, a nudez, que enthusiasma, Pelo abysmo encobrirás, Fugindo como um phantasma Aos braços de Satanaz; Ora, ante os olhos do Eterno, Rolarás sem um véu, Tentando, em nome do inferno, A castidade do céu!

No mesmo tempo, os templos, e os grandes edificios cahem arruinados em cima de outros; ficando a chaminé, entre paredes e columnas precipitadas, fingindo parte da ruina; e tão artistamente executada, que quando se accende o lume, parece que ardem os gigantes, e que he huma boca do inferno, por onde Plutão, em companhia das Furias, se vai precipitar no Tartaro

Mas não he para espantar; Que quem porcos ha menos, Em cada mouta lhe roncão. Ó vós, que sois Secretarios Das consciencias Reais, E que entre os homens estais Por Senhores ordinarios; Porque não pondes hum freio Ao roubar, que vai sem meio, Debaixo de bom governo? Pois hum pedaço de inferno Por pouco dinheiro alheio Se vende a Mouro e a Judeo.

Estes monstros da tyrannia do inferno pediam e repelliam a minha eleição; porque o seu fim unico exclusivo era a minha morte; admittiam a meu favor algumas apparencias ou disfarces com que encobriam as suas tramas e horrores: eram seducções, tyrannias, convites para lugares de traição, venenos, e armas occultas.

O inferno mahometano é copia do judaico, mas copia singularmente alterada. O anjo Trakek é quem governa. Ha chuva de peçonha. Chama-se Géhenna e divide-se em sete circulos. Porém, exceptuado o primeiro circulo, reservado exclusivamente para os musulmanos, e o ultimo, destinado aos hypocritas, cada qual dos outros é pertencente a cada uma das religiões diversas que precederam o islamismo.

Por isso o pobre orgulhoso será entre os mais desgraçados o primeiro. Se Deus se não amercear das angustias, que espedaçam o homem caído em miseria do alto da grandeza, o inferno das dôres indescriptiveis estará no coração d'esse Lucifer despenhado.

Eu tenho aqui, deante de mim, as Tentativas Dantescas do conselheiro Viale, a sua traducção do Inferno prefaciada por uma notabilissima carta de elrei D. Pedro V. As palavras que o traductor me dirigiu, traçadas de seu proprio punho, na sua calligraphia senilmente arqueada, constituem a mais amavel das dedicatorias.

Não era por amor que vos amparavamos, era por medo que vos serviamos como lividas escravas, covardemente flexiveis a todos os caprichos de um senhor imperioso. Mas agora, visto dizerem-nos que o inferno acaba, buscai quem vos ame e sirva. Cada qual por si. Acabou-se o medo; nada de mais sacrificios.

Tal é a essencia do Amor; tal Deus ha posto Um veneno no mal, na flôr um áspide! Prazer e dôr, sereis talvez um unico, Unico sêr, que nos penetra e abraza N'um fogo que nos doe, mas que é tão doce? Punhal, que ferindo o peito, nos consola, Mas, que a affagar nos vae roubando a vida, Antegosto do que é o céo e o inferno? Será isto o amor? será?... quem sabe?

Julgava-se d'antes que do outro lado do mar não havia cousa nenhuma, ou antes que as ondas para longe eram um verdadeiro inferno ou um paraizo tambem, porque uns diziam que tudo para alem eram ilhas de santos e jardins do céu, e outros que eram ilhas do diabo e terras de maldição; que havia umas estatuas encantadas que não deixavam passar ninguem, e um mar de pez que engolia os navios.