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Rosa, cumprido este dever sagrado, lançou mão do seu trabalho com mais vigor. Estava proximo o dia natalicio de D. Thereza. Rosa preparava em segredo um lindo presente para offerecer n'aquelle dia á sua bemfeitora, e para isso tinha reunido todo o dinheiro, que lhe tinham dado de mimo, e julgava-se bastante rica para poder apresentar a D. Thereza um brinde, de que ella admirasse o valor e o gosto.

Sentia-a tirânicamente no coração como um remorso conjuntamente aflitivo e suave, no sangue, como um fluido que o incendiava, nos nervos. Em vão procurava libertar-se. Para a apagar no cérebro e na alma, torturava-se inutilmente. Julgava-se abandonado de tôdas as afeições, mesmo de Nuno, que nunca mais dera sinal de si, desde que Frederico deixara a quinta, no terror de praticar uma vilania.

Uma onda de sangue, jorrando do peito d'esse fidalgo toireiro, quiz parecer ruim vaticinio. Entretanto, o rei de Hespanha dava-se por indemnisado de quanto havia soffrido em tão verdes annos. Mercedes era, finalmente, sua. Ao mesmo passo julgava-se forte para soffrer no futuro. Tinha sobre o seu coração um escudo de aço: era o amor da rainha.

Julgava-se então um sêr á parte, um privilegiado da vida, predestinada creatura para quem o dinheiro, longe de tornar-se elemento de desequilibrio mental, com a allucinação das grandezas, fôra apenas o meio de realizar aspirações de isolamento que o afastassem, com intermissões felizes, do convivio commum.

Em certos momentos, julgava-se pueril. Com efeito, porque sofria êle tanto? Que crime havia praticado? Que falta grave era a sua, para que assim se entregasse passivamente a um desespêro que o devastava? Não poderia êle amar Júlia, a espôsa do seu maior amigo, sem se manchar de ignomínia, sem se envilecer? Talvez.

Julgava-se infeliz, pensava em matar-se. Mas o tio chamava-o de baixo: Então tu não estudas, mariola? E d'ahi a pouco, sobre o Tito-Livio, cabeceando de somno, sentindo-se desgraçado, roçando os joelhos um contra o outro, torturava o diccionario. Por esse tempo começava a sentir um certo afastamento pela vida de padre, porque não poderia casar.

Em certos instantes mais calmos, porêm, quando podia observar-se com lucidez, julgava-se serenamente, acusava-se de se estar aviltando e praticando uma infâmia, procurando apagar com a febre duma lascívia brutal a recordação dum amor puríssimo. Alarmado, cheio de remorsos, entregava-se a longas cogitações, tentando encontrar uma explicação para aquela anormalidade.

Julgava-se então morto, mordia em si, em seus filhos e na rainha. Perguntavam-lhe o que tinha. Respondia: Não tenho nada! E desatava a cantar. Telhudo! Sua ex.ª o marquez de Brunoy... Quando morreu o marquez pae, mandou despejar em todos os tanques do palacio almudes de tinta d'escrever para que as aguas tomassem lucto; e cobriu de crepes todas as arvores do parque.

Intimamente, mantinha talvez ainda uma derradeira esperança, que ella fizesse por amor d'elle, pela sua paz e alegria o que por instincto e instigação da consciencia não tinha podido alcançar. Laura porém conservava-se inteiramente estranha ao que se passava no espirito do marido; julgava-se offendida com o seu silencio.

Julgava-se pois n'esta parte concluida tão grave questão, qual a do bill, que havendo sido rejeitado, deixava de ferir a victima, embora não deixasse de manchar o algoz.