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Os dias deslizavam serenos, para Frederico, no encanto da simplicidade campestre, no íntimo convívio de Júlia e de Nuno. Nenhuma imperfeição da vida dolorosa e amarga alterava a pacificação dum ambiente que se fazia mais doce

Frederico chegou, com efeito, na manhã seguinte e foi efusivo o abraço que trocou com Nuno, ao saltar do automóvel, diante do portão do jardim que um grande ramo de jasmineiro em flor cobria de sombra, de frescura e de aroma. Enquanto os criados conduziam as malas de viagem, do carro para casa, êle, compondo a roupa desmanchada e alisando, com a mão, os cabelos despenteados, dizia para o amigo: Menino, o que eu agora mais desejo, antes do almôço, que ficarei devendo

Suspirou, fundamente, murmurou como se falasse para a sua consciência: Tenho sido tam desgraçada!... Este grito sincero duma alma que espontâneamente se confessava chocou Frederico, que se sentou junto dela, tomando-lhe a mão que Branca abandonou o que êle efusivamente apertou entre as suas, pensando nas criaturas que incessantemente corriam atrás da ilusão duma felicidade sem nunca a alcançarem.

Bernardo entrou de repente, perguntando a Frederico se tinha visto a carta que o homem do correio trouxera. Vi. Tenho-a aqui. Vou lê-la respondeu.

Chamava-se D. Isabel de Noronha e havia casado, aos trinta anos, com o capitalista Simão de Noronha, muito mais vélho do que ela e que fôra fulminado por uma congestão cerebral poucos meses depois do nascimento de Frederico, único herdeiro da sua abundante fortuna porque uma sua irmãzinha morrera aos dois anos de idade.

3 Sociedade academica da paz, fundada em Zurich, a 20 de julho de 1893. 4 Sociedade christã para a propaganda da paz, fundado em Bienne em 1894. Dinamarca Associação da paz da Dinamarca, outr'ora Sociedade para a neutralização da Dinamarca fundada em 28 do novembro de 1882, em Copenhague, pela iniciativa do sr. Frederico Bajer.

Quanto a Frederico, a seriedade, que lhe era natural, mesmo quando brincava, socegava a senhora de Valneige. Mas havia um sujeitinho, loirinho e muito galante que nunca respondia á doce admoestação de sua mãe; chamava-se Adalberto, está entendido, e tinha por alcunha o desobediente.

Não! Não! murmurava Frederico, revolvendo-se no leito. Partindo, serei ainda nobre e bom.

Branca, levantando-se, aproximou-se de Frederico, encostou-se-lhe ao braço, dizendo numa voz de mimo e de fraqueza: Estou tam fatigada!

E os seus olhos negros e imensos, banhados por um claro-escuro húmido e misterioso, pousaram-se vagamente em Frederico, parecendo contemplar aparições inefáveis, longínquas, imprecisas. Talvez haja alguma verdade no que diz exclamou ela. Creio que tôda a verdade... De repente, levantou-se, pousou o livro, murmurou: Nuno demora-se tanto!...

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