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O «sangue côr de rosa», a «cinza que lhe inunda os hombros» quando pelos seus cabellos passa uma briza, os olhos «puros de sombra e de desejos» que «nunca sorriram e nunca choraram», esse typo de candidez impassivel coube em sorte a Scandinavia; todos os seus povos tiveram quinhão no thesouro, embora a partilha fosse individualmente desigual como é regra em taes casos.

Fenece o dia. ¡Hora jocunda, que eu tanto amava! ¡hora fecunda dos cantos meus! ¿por que me inunda nova amargura o coração? ¿Sino crepuscular, tôas funéreo dobre? a serra em luto se me encobre; a nocturna mudez duplica a solidão. Nenhuma luz scintilla; humana voz não sôa.

Dos montes a linguagem... oiço... escuto... medito... e em vão quero entender é como uns sons de ignota fala; qual ás penhas o mar, me inunda e me resvala, sem me abalar, nem me embeber.

Por certo que se não desvirtua a poesia, seguindo por taes veredas; mas o genio não tem peias nem limites: veste de luz o lirio dos valles; alumia a estrada ao caminheiro da vida; doira as arestas do serro escalvado; enche a noite de luz; de fulgores inunda o espirito, e não sei por quantos mundos nos leva a alma absorta!

Emilio Castelar, a quem eu devi uma das raras consagrações da minha vida, depois de umas ligeiras escaramuças que tivemos na imprensa hespanhola, e que arrefeceram um tanto as nossas relações pessoaes, aproveitando uma das visitas da princeza Ratazzi a Lisboa, escreveu-me uma longa carta, na qual, entre outras coisas, me dizia o seguinte: «As luctas da politica, meu querido amigo, por mais gloriosas e brilhantes, não valem uma boa affeição que inunda os nossos corações de uma luz radiosa, divina, a unica capaz de espancar as trevas da discordia

"Tua vida não vive em ti sómente; Vive além do teu sêr; talvez alcance Vagos mundos remotos e perdidos... Quem sabe as creaturas que te vêm De infinitas distancias e que choram Se uma lagrima inunda o teu cantar?...

As alamedas de Saint Cloud, com os cimos verdes entrelaçados, formando a abobada sobre a cabeça dos transeuntes, pareceriam um bocadinho de floresta selvagem, se não fosse a invasão da burguezia e do povo vestido de gala que ao domingo positivamente as inunda e banalisa, tirando ao sonhador que alli foi acariciar a sua chimera intima todo o gozo que elle podia beber na solidão.

Abysmo de emoção, em mim me perco! E minh'alma exaltada e comovida, D'este meu sêr trasborda e inunda tudo! Arde no fogo virgem das estrelas, Em cada humana lagrima scintila, Chora nas nuvens, no êrmo vento geme! E julgo haver, meu Deus, resuscitado Da morte que soffri para nascer!

Ás vezes, quando a teu lado Comparo a expressão que outr'ora Tinha teu rosto adorado, Á sua expressão de agora... Não sei que tristeza vaga Que impressão sentida e funda, O meu coração esmaga! Oh! mas sei que a alma se inunda De uma subita amargura, De uma tal angustia e dor, Que toda a luz da ventura, Que me vem do teu amor Toda com ella se apaga!

A verdadeira poesia, como diz C. de Figueiredo, surge livre como a natureza; irrompe, inunda de luz de fogo, sem muitas vezes poder sujeitar-se aos acanhados moldes da arte. Apparece-nos o poeta, namorado como Bernardim Ribeiro, n'estas dulcissimas estrophes: Não ha existencia alguma Que não tenha amor, nenhuma; Porque o amor, é, em summa, Essencia de todo o ser.

Palavra Do Dia

interdictca

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