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Sahiu-se melhor do que eu pensava.

A resposta carecia de inteira affirmativa; mas accedia ao desejo da filha. «Teu pae, ponderava D. Maria diz e desdiz; ora condemna, ora perdôa; todavia, eu conto comigo e tu com a tua filhinha. Por mais mal que te faça, serão palavras: e palavras o vento as leva, e outras te dirá depois que te compensem algum dissabor. Em todo o caso, vem, que eu vou dar o ultimo assalto, e segurar o lanço.

O meu primeiro pensamento ao acordar é sempre teu, o segundo é sempre d'ella; nas minhas meditações e nos meus sonhos, nos meus risos e nas minhas lagrimas, vindes sempre ambas tão casadas, tão unidas, tão irmãs, que eu não sei se és tu que me trazes a lyra, se é a lyra que me conduz a ti. Quero muito á minha lyra.

Vagarosa, os seus gestos curvos e lentos pareciam fazer nascer no ar quieto uma harmonia... Perdi-me aqui! Perdi-me aqui! D'onde vens? Do palacio. Sou a princeza. As minhas aias não se atreveram. Eu corri para apanhar uma borboleta. A borboleta fugiu. Fiquei sem saber onde estava, que caminho tomar. Isto é tão lindo! Mas faz tanto medo não se saber onde se está! E queres voltar?

Foi isto o que eu quiz dizer e que o meu amigo não podia deixar de entender assim. Que contradicção ha entre isto e a minha these de que o estudo das mathematicas não póde ser prejudicial á aptidão poetica?

Como serêas docemente cantão Para enganar os tristes marinheiros: Os meus assi me attrahem lisongeiros, E despois com horrores mil me espantão. Quando cuido que tomo porto ou terra, Tal vento se levanta em hum instante, Que subito da vida desconfio. Mas eu sou quem me faz a maior guerra, Pois conhecendo os riscos de hum amante Fiado a ondas de Amor, dellas me fio.

Pois disse-lh'o eu; lhe não expliquei quem tu eras; disse-lhe que eras um parente nosso que nos trazia notícias de outros, e que precisava fallar-te. Não pôs dificuldade alguma: é uma pessoa excellente, bom, bom devéras.

Ai, sim? quer falar com elle? Eu acho que... Parece-me... Sim, elle deve estar no quarto... Ha de estar a ler. Não tem outra vida aquelle rapaz! Uma coisa assim! Por mais que eu lhe diga: «Henriquinho, olha que isso faz-te mal...»

Um dos mascarados, o mais alto, respondeu: Não ha tempo para explicações. Perdôem ter sido enganados! Pelo amor de Deus, doutor, veja esse homem. Quem tem? Está morto? Está adormecido com algum narcotico? Dizia estas palavras com uma voz tão instante, tão dolorosamente interrogativa que eu, dominado pelo imprevisto d'aquella situação, approximei-me do cadaver, e examinei-o.

Á hora que te escrevo estás tu para entrar na nau dos degredados, e eu na sepultura. Que importa morrer, se não podemos jámais ter n'esta vida a nossa esperança de ha tres annos?! Poderias tu com a desesperança e com a vida, Simão? Eu não podia.