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Em cada vaso negro ha um lirio nobre e triste e as horas tombam como folhas mortas. Porque não nasci eu um lirio nobre e triste, pétala sem perfume entre essas folhas mortas? Um Versalhes fulgura em cada illusão triste, um Versalhes de outomno atapetado de folhas mortas! Em cada vaso negro ha um lirio nobre e triste e as horas tombam como folhas mortas...

Com os meus dedos pude sentir como é pura a curva do teu seio, a linha das tuas espaduas e lindos os teus dedos. Trouxeste-me o aroma da carne moça, como uma brisa benefica leva a um prisioneiro o cheiro do feno. Senti outra vez a musica deliciosa das palavras de amor. E no teu corpo pequeno e flexivel, o teu rosto deve ser como o luar d'um lirio sobre a sua haste...

Por sua vez, Ely nunca pôde esquecê-lo, E nesse immenso amor, com presagios de agoiro, Sentia-se morrer, como um lirio no gêlo, Sem o doce luar dos seus olhos de moiro... Mas no instante supremo, ambos crentes, temendo Que a Morte os separasse, em tão oppostos ceus, Elle invocou Jesus, cheio de , morrendo; E a christã murmurou: «Allah! tu és Deus!» A João Gomes d'Abreu e Lima

Em Coimbra procurára mesmo fazer-lhe versos: e esse amor dentro do meu peito foi no ultimo anno de Universidade, no anno de Direito ecclesiastico, como um maravilhoso lirio que ninguem via e que perfumava a minha vida... Apenas a titi me estabeleceu a mezada das tres moedas, corri em triumpho ao Salitre; havia as roseirinhas á janella, mas a Adelia não estava.

Vai ganhando terreno a luz brilhante, Luz toda liberdade e toda amor Que ha-de salvar o mundo agonisante. A idéa, esse Verbo creador Ha-de fazer que um dia e não distante o nome de imperio inspire horror. Messines. Meu casto lirio, Terno delirio, Gloria e martyrio Do meu amor! Amo-te como A haste o gomo, O labio o pomo E o olho a flôr.

Em vão os sacerdotes quizeram vêr os olhos puros. Ninguem o conseguiu. Apenas uma velha ama a vira nua, quando menina. Era como um lirio o seu corpo. Sete aposentos eram os da Rainha. E cada uma das sete portas uma chave d'oiro fechava. E no ultimo, a rainha vivia. Grandes espelhos de cobre mandavam-se uns aos outros, como écos, a imagem quasi divina.

Assim se figuraram a Idade-Média os contemporáneos de Lourenço de Médicis: aos pés do lirio mistico de Dante Alighieri a acha de armas, pingando sangue, de Gilles de Rais o Barba-Azul da legenda. Assim tambem a imaginamos nós ainda, os melancólicos e scepticos contemporáneos de Mr. Anatole France e da politica parlamentar. Certo, muito de exacto se pode topar no fundo deste conceito.

Livre! perante Deus surgindo forte! Que amor! que luz! que pira, vasta, intensa! Plenitude! armonia! realidade! Mas melhor que tudo isto é sempre a morte. No ceu! se ha ceu pra os olhos de quem chora, Ceu, para o peito de quem sofre tanto... Se ha voz d'amor, e amor ha puro e santo Chama que brilha, mas que não devora... Ali, ó lirio dos celestes vales!

A manhãa graciosa, Que derramando sahe d'entre os cabellos A flor, o lirio, a rosa, Sem ajuda d'ornato, ou d'artificio, Não faz o beneficio, Que faz a luz dos vossos olhos bellos A quem os tão puros e singelos; E esse innocente riso, Por quem Apollo o Tejo torna Amphriso.

Tu és a agua das fontes, Tu és a espuma do mar, Tu és o lirio dos montes, Tu és a hostia do altar.