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Quem, pois, consolará gementes sombras, Que ondeam juncto a mim? Quem seu perdão da Patria implorar ousa, Seu perdão de Elohim? Eu: o christão: o trovador do exilio, Contrario em guerra crua, Mas que não sei cuspir o fel da affronta Sobre uma ossada nua. O misero pastor desceu dos montes, Abandonando o gado, Para as armas vestir, dos céus em nome, Por phariseus chamado. De um Deus de paz hypocritas ministros Os tristes enganaram: Foram elles, não nós, que estas caveiras Aos vermes consagraram. Maldicto sejas tu, monstro do inferno, Que do Senhor no templo, A virtude insultando, ao crime incitas, Dás do furor o exemplo! Sobre os restos da Patria, tu bem creste Folgar de nosso mal, E, sobre as cinzas de cidade illustre, Soltar riso infernal. Tu, no teu coração insipiente, Disseste Deus não ha! Elle existe, malvado! e nós vencemos: Treme.... que tempo é . Mas esses, cujos ossos espalhados No campo da peleja Jazem, exoram a piedade nossa; Piedoso o livre seja! Eu pedirei a paz dos inimigos, Mortos como valentes, Ao Deus nosso juiz, ao que distingue Culpados de innocentes. Perdoou, expirando, o Filho do Homem Aos seus perseguidores: Perdão, tambem, ás cinzas de infelizes! Perdão oh vencedores! Não insulteis o morto. Elle ha comprado Bem caro o esquecimento, Vencido adormecendo em morte ignobil, Sem dobre ou monumento. Que resta aos desditosos? Somno eterno, Da Patria a maldicção, A justiça de Deus, tremenda, ignota, E a humana execração. Mas nós, saibamos esquecer os odios De guerra lamentavel;

A final os mussulmanos vacillam, e as suas fileiras, vergadas em semicirculos, recuam ante a gente portugueza, ondeam, espalham-se e abandonam o campo, procurando na fuga a salvação.

Oh não! em quanto No templo ondeam silenciosas turbas, Exultarão do abysmo os moradores, Vendo o hypocrita vil, mais ímpio que elles, Que escarnece do Eterno, e a si se engana; Vendo o que julga que orações apagam Vicios e crimes, e o motejo e o riso Dado em resposta ás lagrymas do pobre; Vendo os que nunca ao infeliz soltaram De consolo palavra, ou de esperança: Sim: malvados tambem hão-de pisar-lhes Os frios restos que separa a terra, Um punhado de terra, a qual os ossos Destes ha-de cubrir em tempo breve, Como cubriu os seus, qual vai sumindo Nos mysterios da campa a humanidade.

85 "Pelas praias vestidos os soldados De várias cores vêm e várias artes, E não menos de esforço aparelhados Para buscar do inundo novas partes. Nas fortes naus os ventos sossegados Ondeam os aéreos estandartes; Elas prometem, vendo os mares largos, De ser no Olimpo estrelas como a de Argos.

Tornou-se famoso na Europa o meu leito, d'um gosto exuberante e barbaro, com a barra recoberta de laminas d'ouro lavrado, e cortinados d'um raro brocado negro onde ondeam, bordados a perolas, versos eroticos de Catullo; uma lampada, suspensa no interior, derrama alli a claridade lactea e amorosa d'um luar de verão.

Mais que o homem feliz! Quando eu no valle Dos tumulos cair; quando uma pedra Os ossos me esmagar, se me fôr dada, Não mais reviverei: não mais meus olhos Verão o pôr do sol, em dia estivo, Se em turbilhões de purpura, que ondeam Pelo extremo dos céus sobre o occidente, Váe provar que um Deus ha a estranhos povos, E alem das ondas tremulo sumir-se; Nem, quando, do cimo das montanhas, Com torrentes de luz inunda as veigas: Nem mais verei o refulgir da lua No irrequieto mar, na paz da noite, Por horas em que véla o criminoso, A quem íntima voz rouba o socego, E em que o justo descança, ou, solitario, Ergue ao Senhor um hiymno harmonioso.

Escalvado penedo, que repousas no cimo do monte, ameaçando Ruina ás matas de alecrim e murta, Que nesta encosta ondeam, meneadas Pelo vento do sul, foste lindo, te cubriram cespedes virentes; Mas o tempo voou, e nelle involta A tua formosura: as grossas chuvas, Despedidas das nuvens, se arrojaram Sobre ti, oh rochedo, arrebatando A terra e o viço, que te ornava o cimo.

Palavra Do Dia

resado

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