United States or Denmark ? Vote for the TOP Country of the Week !


Que á custa de teu dano Do sabio Solon crêste o desengano. O bem que aqui se alcança, Não dura por passante, nem por forte: Que a bem-aventurança Duravel, de outra sorte Se ha de alcançar na vida para a morte. Porque, emfim, nada basta Contra o terrivel fim da noite eterna; Nem póde a deosa casta Tornar á luz superna Hippolyto da escura sombra averna.

Quem, pois, consolará gementes sombras, Que ondeam juncto a mim? Quem seu perdão da Patria implorar ousa, Seu perdão de Elohim? Eu: o christão: o trovador do exilio, Contrario em guerra crua, Mas que não sei cuspir o fel da affronta Sobre uma ossada nua. O misero pastor desceu dos montes, Abandonando o gado, Para as armas vestir, dos céus em nome, Por phariseus chamado. De um Deus de paz hypocritas ministros Os tristes enganaram: Foram elles, não nós, que estas caveiras Aos vermes consagraram. Maldicto sejas tu, monstro do inferno, Que do Senhor no templo, A virtude insultando, ao crime incitas, Dás do furor o exemplo! Sobre os restos da Patria, tu bem creste Folgar de nosso mal, E, sobre as cinzas de cidade illustre, Soltar riso infernal. Tu, no teu coração insipiente, Disseste Deus não ha! Elle existe, malvado! e nós vencemos: Treme.... que tempo é . Mas esses, cujos ossos espalhados No campo da peleja Jazem, exoram a piedade nossa; Piedoso o livre seja! Eu pedirei a paz dos inimigos, Mortos como valentes, Ao Deus nosso juiz, ao que distingue Culpados de innocentes. Perdoou, expirando, o Filho do Homem Aos seus perseguidores: Perdão, tambem, ás cinzas de infelizes! Perdão oh vencedores! Não insulteis o morto. Elle ha comprado Bem caro o esquecimento, Vencido adormecendo em morte ignobil, Sem dobre ou monumento. Que resta aos desditosos? Somno eterno, Da Patria a maldicção, A justiça de Deus, tremenda, ignota, E a humana execração. Mas nós, saibamos esquecer os odios De guerra lamentavel;

«Ide trahi-los Para trahi-los I­mpia,disseste... Nos escolheste!.. Mui facil creste Se nos venceste Fingir amor. Foi por temor. Morrer com elles

Á beira do caminho me assentei... Escutarei passar o agreste vento, Exclamando: assim passe quando amei! Oh minh'alma, que creste na virtude! O que será velhice e desalento, Se isto se chama aurora e juventude? Chovam lyrios e rosas no teu collo! Chovam hymnos de gloria na tua alma! Hymnos de gloria e adoração e calma, Meu amor, minha pomba e meu consolo!

Tornaste o Templo casa de penhores, Mas ninguem ora a Deus nas cathedraes! E cheios de lastimas e dôres, Nós lemos mais nas petalas das flores Do que em todas as folhas dos missaes! Morre, morre, venal, sem um gemido! Nem podes, levantar as mãos aos ceus! Ha muito que ris d'isso, aborrecido? Em nada crêste, em nada! Adeus vencido! Morre ahi como um cão! Vencido, adeus!

Mas se o mal nos incita, e Deus quer nos transporte D'um estadio a outro estadio atravez muito custo, Em demanda do Bem, que triumpha da morte: Deves crêr do Porvir no Ideal santo e augusto! E se foste, minha alma, a illudida afinal, Quando crêste emplumar nesta quadra o teu ninho,... Pede a Deus que te envie aquella hora fatal Que abre a porta á Verdade e vae tu teu caminho!...

Palavra Do Dia

tradicionais

Outros Procurando