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No primeiro dos folhetins que em 1864 publicara no Jornal do Porto sob o titulo de Impressões do campo veem estes formosos versos que são, a meu vêr, um modelo de naturalidade e singeleza: O BOM REITOR Sabem a historia triste Do bom reitor? Misero! toda a vida Levou com dor. Fez quanto bem podia... Mas... a final Morre e na pobre campa Nem um signal. Nem uma cruz ao menos Se ergue do chão!

Na loura manhã que se ergue, como o meu ouvido escolhe As cousas de acôrdo com esta emoção o marulho das ágoas, O marulho leve das ágoas do rio de encontro ao cais..., A vela passando perto do outro lado do rio, Os montes longinquos, dum azul japonez, As casas de Almada, E o que ha de suavidade e de infancia na hora matutina!... Uma gaivota que passa, E a minha ternura é maior.

Vem d'alto gozar, lirio! Noite estrellada e tepida; A vista ao céo intrepida Lança, penetra o Empyreo. Dilata os seios tumidos; Larga este terreo albergue; Nas azas d'alma te ergue; Ergue os teus olhos humidos Que vês? Soes, de tal sorte Que os crêra tochas pallidas, Quando as guedelhas, madidas De sangue, arrasta a morte.

Se lhe dizem que é feliz, Solta um suspiro profundo, Porque ninguem neste mundo Até hoje a comprehendeu! Salvo um ente idolatrado Porém esse... oh! desventura! Para a fria sepultura Na flor da vida desceu! Emfim, se alguem lhe protesta Que inda ha de viver tranquilla, Ergue em extasi a pupilla Pondo a mão no coração!

Foi uma manhã, depois d'um d'estes excessos, á hora em que nas trevas da alma do debochado se ergue uma vaga aurora espiritual que me nasceu, de repente, a idéa de partir para a China!

Amor, amor como este, Visão timida e casta Em giro eterno arrasta A lampada celeste. Como esse que a deshoras A ti te ergue a cabeça E aos ermos te arremessa Em busca do que adoras. Mas, ah! pallido globo!

Mais; eu declaro por minha parte que se para chegar á posteridade a heroica virtude que tive de ser agradecido a D. Pedro, se ergue a columna do Rocio, recuso a minha parte de glória, porque tenho medo de que a posteridade se ria da fatuidade com que pretendemos occupar-lhe a attenção, porque não fomos ingratos ao Principe que nos deu liberdade e patria.

Mas o homem, na terra onde o destino O lançou, vive e agita-se incessante: Enche o ar da terra o seu pulmão possante... da terra blasphema ou ergue um hymno... A idea encarna em peitos que palpitam: O seu pulsar são chamas que crepitam, Paixões ardentes como vivos soes! Combatei pois na terra arida e bruta, que a revolva o remoinhar da lucta, que a fecunde o sangue dos heroes!

Mas nas negras cidades, onde sôlta Se ergue, de sangue medida, a revolta, Como incendio que um vento bravo atiça, Ha mais alta missão, mais alta gloria: O combater, á grande luz da historia, Os combates eternos da Justiça! Palavras d'um certo Morto

Sanches Lucena descêra uma tarde, ao lusco fusco, á porta do Mirante, quando passam na estrada dous jornaleiros, bebedos ou facinoras, que implicam com o excellente senhor. E chufas, risinhos, momices... O Snr. Sanches, com paciencia, aconselhou os homens que seguissem, não se desmandassem. De repente um d'elles, um rapazola, sacode a jaqueta do hombro, ergue o cajado!