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Mas d'essa adoração em que vivia absorta, Um dia, ao despertar, Viu que tinham levado a minha Noiva morta, E d'angustia chorou, na angustia do meu lar. Chorou... Sempre que a dor nos empolga e sacode Como um arbusto ao vento, Nenhuma forma d'arte em eloquencia pode Egualar a expressão d'um grito ou d'um lamento.

Todas as noites eu pensava, que no dia seguinte beijaria a boca perfumada. E todas as manhãs via cair a minha esperança, como as folhas murchas que o vento sacode dos ramos seccos. «Certamente que as minhas palavras deviam ser perturbantes, porque sahiam d'um coração perturbado. E, pesadas de tanto amor, cahiam da boca vagarosamente.

Eſte pode colher as maçãs de ouro, Que ſamente o Terintio colher pode, Do jugo que lhe pos o brauo Mouro, A ceruiz inda agora nam ſacode: Na fronte a palma leua, & o verde louro, Das victorias do barbaro, que acode A defender Alcaçer forte villa, Tangere populoſo, & a dura Arzilla.

Para serem, no páramo enfadonho, Á luz de astros malignos e enganosos, Como um bando de espectros lastimosos, Como sombras correndo atraz d'um sonho... Oh! não! luz gloriosa e triumphante! Sacode embora o encanto e as seducções, Sobre mim, do teu manto de illusões: A meus olhos, és triste e vacillante...

Desapparece o carnaval, e a mulher hespanhola, de todas as mulheres do mundo a mais alegre, a mais festiva e a mais ruidosa, sacode os seus cabellos, desgrenha a sua fronte, pintada a carmim, rasga a sua ligeira mascara de seda, põe de parte o seu vestuario extravagante, descalça os seus sapatinhos de setim, toma o seu véo de Sevilha, calça a sua luva preta, e penetra soberanamente no templo, onde o Christo a aguarda, para, num sorriso de perdão, a absolver das suas culpas e dos seus peccados.

Mas a verdade é que no Egypto um qualquer empregado europeu da alfandega, das docas, ou dos caminhos de ferro, que não ousaria erguer a mão para um carrejão europeu, retalha a pelle d'um egypcio, tão naturalmente e com tanta indifferença como se sacode uma mosca importuna.

Gemêo maniatado Longo tempo o infeliz merecimento; Mas , o collo alçado, Sacode o negro do esquecimento, E a virtude innocente De illustres palmas lhe coroa a frente. vingadas seráõ Do vil tutor as timidas donzellas; não erguem em vão As mãos, e os tristes olhos ás estrellas; Nua de falsidade Aos ouvidos dos Reis chega a verdade.

Sacode como um peso importuno todos os pensamentos que o absorviam, senta-se ao d'ella, porque a triste, enfastiada, com um certo desleixo no aspecto que lhe aperta o coração, procura não reparar, para a casa sem arranjo a que falta aquella poesia do lar que tanto o captivou nas suas scismas de rapaz; conversa, afaga-a, desenrola diante do olhar d'ella vago e distrahido um horisonte de futuras alegrias.

Assobia o nordeste pelas arestas dos jazigos, e remexe e sacode de sobre esta pedra umas corôas humidas de orvalho, crystallizado em lagrimas; são corôas de perpetuas sagradas á formosura, que se julgou immorredoura, á sexta hora do seu breve dia.

Um espesso enxame de moscas cobria-lhe as mataduras do lombo e dava-lhe o aspecto de ter um albardão feito de zumbidos e d'asas sobre um fundo de missangas pretas e palpitantes, coisa rabujosa á vista. Sacode esse mosqueiro, disse-lhe o burro novo.