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E então avistei, errando por cima dos penedos sobranceiros ao caminho, um homem estranho, bravio, coberto com uma pelle de carneiro, que me recordou Elias e todas as cóleras da Escriptura; o peito, as pernas pareciam de granito vermelho; por entre a grenha e a barba, rudes, emmaranhadas, fazendo-lhe como uma juba feroz, os olhos refulgiam-lhe desvairadamente... Descobriu-nos; e logo, sacudindo os braços como quem arremessa pedras, despediu sobre nós todas as maldições do Senhor!

O batel de Coelho foy depreſſa Pollo tomar, mas antes que chegaſſe, Hum Etiope ouſado ſe arremeſſa A elle porque não ſe lhe eſcapaſſe: Outro & outro lhe ſaem veſſe em preſſa Velloſo, ſem que alguem lhe ali ajudaſſe, Acudo eu logo, & em quanto o remo aperto Se mostra hum bando negro deſcuberto.

Julia tira da cabeça uma grinalda de flôres brancas, que arremessa com desdem sobre o sophá. Julia. Afflige-me tudo!... Tomára-me eu na minha liberdade, Leocadia! Não goso nada... Tanta luz parece um insulto á escuridão da minha alma... Queria-me sosinha... Leocadia. Não tens paciencia nenhuma, Julia!... Que é o que te afflige assim?

O mancebo, atonito, viu-a desapparecer, e largando as redeas, partiu direito á villa. Como o Douro vae fundo e impetuoso! Como se arremessa irado contra os penedos do seu leito! Que trovões rebramam as aguas despenhadas em cascatas contra as penhas, que lhe opprimem a furia da corrente! Como a noute se cobre de luto quasi de repente de minuto para minuto!

Além do manso pego, O mar, que vem do largo, e que não cessa, Da vaga arquea a cuspide irritada, E, com impeto cego, Á insensata escalada Dos immoveis penhascos se arremessa. Quem ha de commetter a louca empresa De tentar a passagem tortuosa Que alguma convulsão da natureza Abriu sobre a voragem tenebrosa?

Se adormece, surge um pesadelo, Com os martyrios da sua alma acorde; Desperta logo, e á terra se arremessa, E os punhos cerra, e delirante os morde. Sobre as lageas do duro pavimento De vergões e de sangue o rosto cobre. Ergue-se e escuta com cabellos hirtos Do sino ao longe o compassado dobre. Sem esperança!... Não!

De que te serviu o ser, o que fizeste ao sangue, á vontade, aos nervos, ao pensamento, que trouxeste do seio da materia? Que idéa deixaste, que memoria, que piedade? Que foste tu mais do que um corpo bello, desejado e photographado? Fizeste parte, durante a vida, d'aquellas insensiveis bellezas naturaes, que o homem usa e arremessa. Foste como uma camelia, ou como a penna d'um pavão.

Todavia o denodado mancebo, por meio de uma rapida manobra, desviou o corpo e arremessa a ponta da espada em direitura do contendor. Em um abrir e fechar de olhos rasga-lhe a carotida e completamente lhe atravessa o pescoço de lado a lado! Ouve-se então um clamor horrendo.

Antiga ley, que á feia sepultura Arroja sem respeito, e sem piedade A Virtude, a Grandeza, a Formosura! Aspera ley, que a pobre Humanidade N'um momento, n'um átomo arremessa Ao centro da medonha Eternidade! Tremendissima ley, que tão depressa Troca em ais, e desgostos a alegria; Troca a Purpura em luto, o solio em Eça. Ah!

Vamos, Gertrudes, convoquemos os nossos mais doutos amigos, demos-lhe a conhecer o nosso designio e a desgraça acontecida. Precavendo-nos d'este modo, talvez a calumnia, que arremessa o seu dardo envenenado de uma extremidade do mundo á outra, e cujos tiros são tão certeiros, como os do mais perfeito canhão, poupe o nosso nome, perdendo-se na immensidade do espaço. Saiâmos d'aqui.

Palavra Do Dia

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