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Proseguiu a correr, louca, feroz, sem tino, Quasi o filho a esmagar d'encontro ao seio fino, Na dura escuridão, chamando em altos brados Os nomes immortaes, os symbolos sagrados; Pedindo compaixão, miseravel, vencida, Fraca, chorando aquella negra vida, Convulsa de terror; mas, longe, lentamente, Começaram a uivar os lobos, novamente.

O vento ramalhava nas carvalheiras, e o céo d'aquella noite não tinha uma estrella. Appeteci embrenhar-me na escuridão do arvoredo. Abri de manso a porta do meu quarto, e, ante , ganhei a varanda d'onde era facil o salto á rua. Acabava eu de saltar, quando do escuro de uma janella contigua á varanda, me surdiu a voz de Mafalda.

"Eis aqui tua Dama," murmurou A Morte comovida, oferecendo-lhe, A definhada mão gelada e branca, E cravando nos olhos amorosos Da creatura humana a escuridão Das suas fundas orbitas vasias. Era a Parca fitando Apolo; a Noite Os braços estendendo com luxúria Ao Sol formoso, ardente e juvenil. E, n'um grande delirio voluptuoso, O Doido vagabundo, em suas mãos Tomou, beijando-a, a fria mão da Morte.

Escutou attentamente. Era o vento que agitava o folhedo e eram as aguas profundas que referviam nos algares. Mas um clarão suave accendeu-se no fundo espesso do arvoredo. Quem seria? Encolheram-se os dois, olhos fitos na claridade, que se adiantava como a luz de um facho. Uma centelha passou na escuridão, outra gyrou nos ares, as folhas, os ramos das arvores ficaram incrustados de brazas.

Não quer outra indemnisação em quanto fôr do mundo; depois que a morte arrefecer a escuridão dos seus olhos, pouco é, e de poeta, o que elle deseja para si: «Depois que entre os abraços delirantes De todos os que amei, findar meus dias, Sepultai-me n'um valle ignoto e fertil.

Annos fazia que ali moravam, na casa por elles proprios construida com os materiaes tirados á floresta proxima. Cada noite, vinham para fóra, extendiam-se na areia, silenciosos e pensativos, esquadrinhando o largo com o olhar affeito á escuridão. Desesperava-os, entretanto, a monotonia da existencia. Parece que a sorte zombava-lhes das intenções.

Onde ia a pobresinha? Procurar o morgado ao Porto. Foi andando, andando, rasgando os pés nas burguas das serras, rompendo a escuridão, arquejante, timida do menor ruido, resoluta da coragem que o desespero, até que, cerca das onze horas da noite, cahiu extenuada ao sopé das Victoreiras. N'este lance entronca a minha primeira carta bastante a explicar o mais que se passou.

Crianças, em farrapos, brincavam na escuridão das arcarias; outras pediam esmola. O aroma do incenso suffocava; e padres de cultos rivaes puxavam-me pela rabona para me mostrarem reliquias rivaes, heroicas ou divinas uns as esporas de Godofredo, outros um pedaço da Cana Verde.

Perderia o terror salutar do nome Justiceiro se perdoasse aquelle crime. Era espaçoso o aposento. Um lampadario allumiava parte d'elle; o resto mergulhava-se em meia escuridão. No centro da sala, em um leito, com as mãos ligadas, jazia Silvaninha. Duas voltas de lenço sobre a bocca até os ais lhe suffocavam!

Enterneceu-se, então, com aquella escuridão, aquella mudez de villa adormecida. E sentiu subir outra vez, das profundidades do seu sêr, o amor que sentira ao principio por ella, muito puro, d'um sentimentalismo devoto: via a sua linda cabeça, d'uma belleza transfigurada e luminosa, destacar da negrura espessa do ar; e toda a sua alma foi para ella n'um desfallecimento d'adoração, como no culto a Maria e na Saudação Angelica; pediu-lhe perdão anciosamente de a ter offendido; disse-lhe alto:

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