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139 "Vedes a grande terra que contina Vai de Calisto ao seu contrário Pólo, Que soberba a fará a luzente mina Do metal que a cor tem do louro Apolo. Castela, vossa amiga, será dina De lançar-lhe o colar ao rudo colo. Varias províncias tem de várias gentes, Em ritos e costumes, diferentes.

A viſeira do elmo de Diamante, Aleuantando hum pouco, muy ſeguro, Por dar ſeu parecer ſe pos diante De Iupiter, armado, forte & duro: E dando hũa pancada penetrante, Co conto do baſtão, no ſolio puro: O ceo tremeo, & Apolo de toruado, Hum pouco a luz perdeo, como infiado.

Apolo e Juno, Hércules e Ceres, Afrodite e Plutão, e , deus dos pastores, e as Amadriades que viviam nos rios e nas árvores, todos tinham na terra seu quinhão, onde reinavam livres; e todos, nessa hora de visões, por mim passaram, severos ou folgando, rindo ou chorando, tristes e majestosos uns, outros alados, dizendo seus mistérios e incitando-me a que, adorando-os, eu lhes tributasse o incenso devido ao seu poder.

Poem tu Nimfa em effeito meu deſejo, Como mereçe a gente Luſitana, Que veja & ſaiba o mundo que do Tejo O licor de Aganipe corre & mana, Deixa as flores de Pindo, que ja vejo Banharme Apolo na agoa ſoberana. Senão direy, que tẽs algum receio, Que ſe eſcureça o teu querido Orpheio.

Esperava o mancebo, Com a profunda dor que n'alma sente, Hum dia em que ja Phebo Começava a mostrar-se ao mundo ardente, Soltando as tranças d'ouro, Em que Clicie d'amor faz seu thesouro. Era no mez que Apolo Entre os irmãos celestes passa o tempo: O vento enfreia Eolo, Para que o deleitoso passatempo Seja quieto e mudo; Que a tudo Amor obriga, e vence tudo.

P'ra exasperar em nós a sagrada loucura de viver, para que os homens não percam um instante ergam-te estátuas nos jardins, nas praças, na cimalha das academias e dos templos, Musagéta da Vida, grande Morte, com a lira de Apolo e olhos vazios... O que é o mar para o meu corpo, é a dôr para a minha alma.

Eis deſpois vem Dinis, que bem pareçe, Do brauo Affonſo eſtirpe nobre & dina, Com quem a fama grande ſe eſcureçe, Da liberalidade Alexandrina. Fez primeiro em Coimbra exercitarſe, O valeroſo officio de Minerua, E de Helicona as Muſas fez paſſarſe, A piſar de Mondego a fertil erua: Quanto pode de Athenas deſejarſe, Tudo o ſoberbo Apolo aqui reſerua.

2 Põe tu, Ninfa, em efeito meu desejo, Como merece a gente Lusitana; Que veja e saiba o mundo que do Tejo O licor de Aganipe corre e mana. Deixa as flores de Pindo, que vejo Banhar-me Apolo na água soberana; Senão direi que tens algum receio, Que se escureça o teu querido Orfeio.

37 A viseira do elmo de diamante Alevantando um pouco, mui seguro, Por dar seu parecer, se pôs diante De Júpiter, armado, forte e duro: E dando uma pancada penetrante, Com o conto do bastão no sólio puro, O Céu tremeu, e Apolo, de torvado, Um pouco a luz perdeu, como enfiado.

96 "Eis depois vem Dinis, que bem parece Do bravo Afonso estirpe nobre e dina, Com quem a fama grande se escurece Da liberalidade Alexandrina. 97 "Fez primeiro em Coimbra exercitar-se O valeroso ofício de Minerva; E de Helicona as Musas fez passar-se A pisar do Monde-o a fértil erva. Quanto pode de Atenas desejar-se, Tudo o soberbo Apolo aqui reserva.