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Chorei longe delle; em sua presença calei-me. Fingi acreditar que não fôra elle quem derramára o sangue dos meus: foi tudo em vão... O meu cruel destino quer que eu lhe desagrade sempre!
Para fechar esta exposição, referiremos ainda mais um interessante episódio exegético da obra do Mestre: Em uma das poesias líricas de Luis de Camões, alude o grande poeta á desventura que desde a infância o perseguia, como se vê dos seguintes magoados versos: Foi minha ama uma fera; que o destino Não quis que mulher fosse a que tivesse Tal nome para mi, nem haveria.
Então uma asa negra de remorso me fustigou o orgulho; e tremendo da própria impiedade, compungido de dor, eu perguntei que destino fatal e tão cruel me induzia em perjúrio
Filha de paes abastados, aquella mulher, teria sido rica, outr'ora, nimiamente formosa e sublimemente ditosa, se a fatalidade do destino, peior que a fatalidade das paixões, não tivesse vindo macular para sempre a sua reputação ephemera.
A esta que correspondia ao seu meio social, que cumpria uma missão civilisadora, que tinha o seu destino marcado, e a sua orbita descripta succedeu a mulher de sala do seculo XVII e do seculo XVIII, de que hoje só temos a descendencia amesquinhada, decadente, anachronica, e, o que é peor de tudo, inutil quando não é funesta, ridicula quando não é tambem perniciosa, o que lhe succede quasi sempre.
Accusando-a em altas vozes de divulgar o segredo do seu casamento e de trahir a fé conjugal, arrancou-lhe a unica vestidura que lhe velava a formosa nudez, e com um bulhão, com que nas vesperas o presenteára o conde de Barcellos como que indicando-lhe o destino, a feriu no seio e no ventre.
Começo por me sentir doente, exasperada, sem poder mais... Eles vêem e eu penso que vou morrer de nojo. Vem um, vêem muitos... vêem todos... Então, não sei porquê, sinto um bem-estar, um gôso doido; acho prazer a que me humilhem; parece-me que nasci p'ra isto, que não há destino melhor... e gozo... gozo. Depois, num riso sêco: Sinto a volúpia de um cristão ás feras...
Estas duas poesias são o desdobramento, a synthetisação dos CANTOS consagrados á Paz dos Povos, ao Homem e á Mulher, vendo n'estes os principaes factores da civilisação, e á Humanidade, como typo ideal da Verdade e da Belleza, na realisação progressiva do destino Humano.
Andava pela cidade sem destino, vagabundo; eu mesmo ia comprar o alimento para o dia, e enojava-me esta guerra mesquinha e vil do pequeno commercio para os que chegam incautos, inexperientes. Os fundos, e bem poucos que eram, iam-se reduzindo de dia para dia; estava quasi sem dinheiro, e com um orgulho e altivez incrivel para affrontar o futuro.
Do Grande Scipião dest'arte á vista Talvez n'hum tempo se mostrasse a Gloria, Que a prosseguir na bellicosa estrada Lhe manda, e lhe descobre o alto destino, Que aniquilla Carthago, exalta Roma. Já pizo o aereo cume, e a luz brilhante Auri-luzente se diffunde, e espalha.
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