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Por isso Arsenio Houssaye disse: «O jornal é a ave errante que atravessa o mundo: prendei-lhe a vossa ideia á asa, e a vossa ideia florirá nos mais remotos desertos

E ele, não respondendo nem falando, pensava esconjurá-la, exorcismá-la como se fosse a voz de um duende. E para esta evocação do sobrenatural muito concorria, como os senhores compreendem, esse aspecto sereno da cruz negra, inabalável sob a asa agitada da procela. Nisto veio a chuva, em grossas gotas a princípio, em cordas de água depois.

Asa longinqua a sacudir loucura, Nuvem precoce de subtil vapor, Ansia revolta de misterio e olor, Sombra, vertigem, ascensão Altura! E eu dou-me todo neste fim de tarde Á espira aerea que me eleva aos cumes. Doido de esfinges o horizonte arde, Mas fico ileso entre clarões e gumes!... Miragem rôxa de nimbado encanto Sinto os meus olhos a volver-se em espaço!

Comtudo, alguma vez, se uma illusão funesta Um echo juvenil faz em mim despertar, Como som matinal de campanário em festa Que no meu coração vem de longe vibrar, Então, luz sem egual que tudo em tôrno abrasa A Ventura de novo aos olhos meus se ostenta, Raio de sol suspenso a tremer numa asa Que um instante pairou sobranceira á tormenta.

Tenho ás vezes sentido o chocar dos teus ossos E o vento da tua asa os meus labios roçar; Mas da tua presença o rasto de destroços Nunca de susto fez meu coração parar. Nunca, espanto ou receio, ao meu animo trouxe Esse aspecto de horror com que tudo apavoras, Nas tuas mãos erguendo a inexoravel Fouce E a ampulheta em que vaes pulverizando as horas.

Então uma asa negra de remorso me fustigou o orgulho; e tremendo da própria impiedade, compungido de dor, eu perguntei que destino fatal e tão cruel me induzia em perjúrio

Antes dos seus contos nunca a prosa portuguesa me havia dado, posta ao serviço da moderna arte, o inefável gozo de tão estranhas, tão novas, tão encantadoras surpresas! Quisera eu, inédita, bem fresca, pela primeira vez usada a respeito da sua escrita, esta flagrante comparação: dir-se-ia traçada com uma pena de águia... arrancada de uma asa de pomba.

De vez em quando, ouvia-se um confuso, Surdo rolar de rochas que desciam Dos outeiros ás margens dos regatos; Iam matar a sêde secular Que lhes ficou dos tempos em que fôram Raios de estrela florescendo a Lua. E vinham na asa múrmura da aragem Bater de palmas, risos de cristal, Rasgando agudas fendas no Silencio.

Era a Glória, mas sem a tuba estridente, Que ingenuamente ouvi pela amplidão vibrar; Era a Ambição, captiva a sua asa fremente, Que tão alto esvoaçou, entre as nuvens e o mar.

«Vou por esse mundo de Christo, a ver se ganho a minha vida.» «Queres que te acompanhe?» «Anda d'ahiQuando sairam da aldeia pararam junto d'uma fonte. O pequeno tirou a merenda do alforge, e repartiu-a com o cão. O burro pastou alguma erva que por ali havia. Emquanto jantavam, appareceu um gato esfaimado a miar lastimosamente. Coitado, exclamou João!» E deu-lhe uma asa do frango.