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Nestas veias em breve se gelará o sangue; mas, sancto fakih, não me será licito confiar na misericordia de Deus? Derramei o bem entre os mussulmanos, o mal entre os infiéis: fiz emmudecer o livro de Jesus perante o de Mohammed; e deixo a meu filho um throno firmado no amor dos subditos e na veneração e temor dos inimigos da dynastia dos Beni-Umeyyas.

Ao que se colhe dos monumentos christãos e mussulmanos coevos ou quasi coevos que textos exquisitos e reconditos vem, porém, oppôr o digno academico? Vejamos: Um mouro chamado Hamed-el-Nabil, que viveu no principio do seculo XVII, vindo a Hespanha, escreveu um itinerario.

Se nos proprios estados dos reis de Leão a mistura dos usos mussulmanos com os christãos dava ás vezes, nas exterioridades do culto, occasião a factos que seriam comicos, se não fossem irreverentes , o que seria essa mistura entre mosarabes e ismaelitas nos estados mahometanos?

E querem que lhes diga porque? Porque penso que os mussulmanos estão a esta hora tão scepticos como nós outros, os christãos. Nas areias do deserto, como nas nossas praças allumiadas a gaz não será facil encontrar mil homens de boa vontade, que peguem em armas em nome do seu Deus.

V.. deve conhecer, como homem de letras que é, a historia dos povos mussulmanos. Houve nunca no mundo crença que se estribasse tanto como o islamismo em falsos milagres, quasi sempre conducentes a inspirar o amor da guerra e o enthusiasmo das multidões credulas?

Que se pensaria de quem accusasse d'ignorancia de grammatica e de historia aquelle que, falando do imperador da Russia, dissesse «o czar ou autocrataPor outra parte para o academico auctor do opusculo affirmar que o titulo de khalifa se deu ou não se deu aos principes mussulmanos do occidente, ainda tem que estudar muito a historia moslemica d'Africa e de Hespanha, cujos rudimentos parece ignorar.

Se Hamed se referisse a Ourique falando do desbarato dos mussulmanos por l'Enrik, tudo o mais que vem na passagem seria um rol de mentiras; porque as consequencias materiaes desse recontro foram nenhumas.

Abdu-r-rahman, o illustre kalifa dos mussulmanos do occidente, jazia ahi e falava com outro velho, que, em defronte delle, o escutava attentamente; mas a sua voz saia tão fraca e lenta, que, apesar do silencio que reinava no aposento, na curta distancia a que estava o outro velho se poderiam perceber as palavras do kalifa.

As conquistas d'Africa deviam sorrir ao povo: estribavam-se nas tradições e nos odios de uma guerra de seculos, guerra ao mesmo tempo de religião e de liberdade; no habito da victoria, que desde a batalha das Navas de Tolosa os proprios mussulmanos consideravam como devendo, mais tarde ou mais cedo, pertencer definitivamente aos christãos.

Muñoz não nos mostra, nem talvez lhe sería possivel mostrar, que elles se referem a servos de raça e não a prisioneiros de guerra, a sarracenos captivos nas continuas luctas entre os reis de Oviedo e Leão e os principes mussulmanos, ou aos filhos e descendentes desses captivos . Um ponto em que estamos ambos de acôrdo é que a sorte destes era a de verdadeiros escravos.