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Os teus cabellos muito loiros Luziam, com doçura, honestamente; De longe o trigo em monte, e os calcadoiros, Lembravam-me fusões d'immensos oiros, E o mar um prado verde e florescente. Vibravam, na campina, as chocas da manada; Vinham uns carros a gemer no outeiro, E finalmente, energica, zangada, Tu inda assim bastante envergonhada, Volveste-me, apontando o formigueiro: XVII

Apesar dos vaticinios de profetas tenebrosos impenitentes, que tambêm os havia e não cessavam de agourar desgraças, tendo por fatal a hora terrível de uma guerra europeia, o mundo ia remexendo os seus oiros e os seus estercos, os seus bens e as suas devassidões, convencido de que a bonança, uma perene bonança orgiaca, era de ora em diante a lei da vida.

Outro engano; outro engano manifesto: ¿pois não são donosas praças aquellas crastas arborisadas, com suas sonorosas fontes de repuxo no centro, e á volta majestosas arcarias á romana? ¿claustros guarnecidos de baixo a cima com azulejos de biblica erudição, não recordam os Porticos, em que os antigos senhores do mundo se espaireciam das calmas por entre estatuas e pinturas de suas fabulas? ¿não são passeios publicos, e mais apraziveis por libertos de constrangimentos, os jardins, os pomares, as frescas hortas da cerca? ¿theatro de espectaculos augustos, não o será o templo aos olhos da e da piedade? ¿não se representam ali em seus dias prefixos todos os lances da vida do Salvador, desde o Presepio até ao Calvario, desde o Calvario até á Ascensão? ¿todos os passos da Rainha das Virgens, desde a sua Natividade até á sua Assumpção? ¿todas as glorias dos principaes Bemaventurados? ¿Não é ali, no magnifico santuario, que entre a profusão de marmore, luzes, oiros, sedas, flores, incenso, resoam em musicas solemnes, que o orgam é digno de acompanhar, os mais graves e poeticos pensamentos dos Prophetas, dos Apostolos e dos Doutores, e que, inspirando-se de todos elles, a eloquencia sagrada derrama a doutrina para a ignorancia, a esperança para os afflictos, os desenganos para os vaidosos? aos pobres annuncia thesoiros, thronos aos conculcados, festins eternos aos famintos, sobrecorôa aos Santos, invoca luz perpetua para os finados, e vôa, como o Dante, por uma espiral infinita, do fundo dos abysmos até ao cume do firmamento.

Os oiros reluzentes do ranúnculo brilharam curtos dias entre os prados; e a desmaiada púrpura da olaia, no suave rubor que nos fascina, parece ter nascido para uma hora, tão cedo ela decai e junca o chão e se dissolve e perde emurchecida. E as rosas é seu fatal destino, bem o sabem! «nasceram para viver uma manhã». O seu frescor é o beijo duma aurora e uma vez na vida hão-de senti-lo.

Passados cinco minutos: Parece que em casa não fazem hoje tenção de servir o chá! De repente os outros dois pegaram-se a discutir o jogo. Ah! elle é isso! exclama o dono da casa. Da primeira vez você devia ter vindo a oiros. Entra o criado com o taboleiro do chá. Leva isso, que ainda é muito cedo! E da segunda vez porque devia ter vindo a copas, que era o que se lhe pedia.

Abraçam-se e riem tanto á vontade... Abraços que levam almas dentro d'elles, Sorrizos de boccas que fallam verdade! E Anrique scisma: «Quem não te viu ainda! Ó minha Lisboa de marmore! Lisboa De ruinas e de glorias! Tu és linda Entre as cidades mais lindas, ó Lisboa!» Ó minha Lisboa! com oiros tão constantes Pelas serras e céus e pelo rio! Com seus Jeronymos dos Poetas e Mareantes!

Subitamente, na loja terrea, ouvi o tumulto da turba que a invadia pelas portas despedaçadas: de certo me procuravam, suppondo que eu teria commigo o melhor do thesouro, pedras preciosas ou oiros... O terror desvairou-me. Corri a uma grade de bambús para o lado do pateo. Demoli-a, saltei sobre uma camada de matto grosso, n'um cheiro acre de immundicies.

Um throno de esmaltes em oiros massiços, Lacaios, escravos, fidalgos submissos!...» «Ás vossas riquezas, perdidas nos montes, Prefiro mirar-me no espelho das fontes; As joias, que valem, se eu guardo o meu gado, Com rubras papoilas a arder no toucado?... De nada me servem fidalgos, escravos, Pois tenho as abelhas e o mel dos meus favos.

Virá, um dia, carregado de oiros, Marfins e pratas que do céu herdou, O rei menino que se foi aos moiros Que foi aos moiros e ainda não voltou. Tem loiros os cabellos, e é criança, Tem olhos verdes de luar nocturno: Olhos verdes, são olhos de esperança! Olhos verdes, são Luas de Saturno! Veio da Africa mais a sua lança Vae pr'o mundo, rezando taciturno.

A gama das resonâncias era imensa, indo dos acordes dos mármores e alabastros até aos timbres dos metais mais ricos, dos bronzes, pratas foscas, claros oiros, com espessuras várias nuançando, imbutidos nos mármores da fachada, enriquecida assim com côres de jóia e os tons sobrenaturais de um órgão de água. Oh! essa sinfonia!

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