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Em minha casa faz-se uma consoada muito grande. Ássam-se pinhas no lar, e minhas irmãs pequeninas... oh minhas irmãs pequeninas!... E suffocada desata de repente a chorar. As outras não se riem como de costume. uma, sentindo que iam todas chorar, canta: Se vires a mulher perdida... Raparigas é o fado... De que serve agora chorar? Ninguem foge ao seu fado.

A gente póde recompôr em pensamento a scena da praia de Sakai. Uns bellos loiros, rosados como pecegos, robustos como jovens Hercules. Riem, brincam, cantam, pisando a fôfa areia.

Os pobres forasteiros vêem-se assim de improviso e de surpreza no meio exotico entre todos, requintadamente artistico, caricatural e sorridente, que é todo este Japão. Dominados pelos aspectos, allucinados pela iniciação imposta, riem tambem, e julgam tambem sentir a graciosidade indigena e a gentileza dos scenarios.

Berço do meu nascer, sólo querido, Onde crescí e amei e fui ditoso, Onde a luz, onde o céu riem tão meigos, Meu pobre Portugal, hei-de chorar-te!

Que lhe digo, em abono da verdade, que servir Santa-Cruz não desgosto: pagam bem, fazem festa ao gallinheiro, vendo os machos no pateo é uma alegria!... ¡aquillo até os olhos se lhes riem! dão pinga, e de cear, e muitas vezes vi eu estar vai não vai a dar-me um beijo o Frade gordo que recebe o saque. ¡Bom tempo! ¡bom de lei! não torna. Não durma Sôr Doutor.

Oh não saber nunca o que é amar, viver como os outros que se pódem rir e ser , ser differente!... Eu vi! eu vi!... O Pitta mostrou-me e depois, sabes? tive odio. Odio... Não eu não sou amigo do sol nem das arvores. Tenho a minar-me a alma uma ferida como esta... Os risos com os outros se riem, os seus risos e eu sem bocca para rir!... Esta ferida come-me a vida e triste vida d'afflicção a minha!

Ás vezes succede, é verdade, que uma das partes interessadas, talvez por andar alheada dos negocios terrenos, como dizes, entra com a alma n'essas comedias sociaes, e quando a scena finda, muito a bel-prazer do outro actor e sob os applausos dos espectadores que riem, essa alma sente-se ferida de um golpe mortal.

Em baixo corria sempre a levada, lagrimas, gritos, gargalhadas, lama espesinhada que fala, lodo misturado de sonho, logo nascido, logo atirado a arena, gebos, prostitutas, monstros em cujo corpo de sapo habita a alma d'um deus. Porque? d'onde? De que ruinas se constroem estes seres que o destino marcou com dedadas tragicas? São feitos de pedaços d'estatuas e loucura. Falam em giria. Se riem são o Riso e é como se dentro d'elles andasse um doloroso palhaço aos saltos. Têm olhares de desespero e de odio. Eis um rio de gritos que brotou para soffrer.

As pessoas da cidade não dão valor nenhum a estas coisas, e até se riem d'ellas; mas nós, os que vivemos na aldeia, temos um grande affecto pelas andorinhas, pelos melros, pelas toutinegras, pelos pintasilgos, pelos rouxinoes, emfim, por toda a passarada. Os pardaes, esses então, é que não gostam nada dos figurões da cidade.

Abraçam-se e riem tanto á vontade... Abraços que levam almas dentro d'elles, Sorrizos de boccas que fallam verdade! E Anrique scisma: «Quem não te viu ainda! Ó minha Lisboa de marmore! Lisboa De ruinas e de glorias! Tu és linda Entre as cidades mais lindas, ó Lisboa!» Ó minha Lisboa! com oiros tão constantes Pelas serras e céus e pelo rio! Com seus Jeronymos dos Poetas e Mareantes!

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