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Eram voluptuosidades que antegostavam; calculando ao mesmo tempo os thesouros de pedrarias, os marfins, os estofos preciosos, a myrrha, o incenso, os metaes reluzentes, com que voltariam ás suas agrestes serras, ás suas costas algidas, deslumbrar as noutes veladas á luz baça da candeia, de azeite de phoca.

As suas muralhas tinham cento e cincoenta covados d'altura; as aguias mal podiam chegar até onde subiam as suas torres. Por fóra era toda negra e soturna: mas dentro resplandecia de marfins, de jaspes, d'alabastros; e nos profundos tectos de cedro os largos broqueis d'ouro suspensos faziam como as constellações d'um céo de verão.

Virá, um dia, carregado de oiros, Marfins e pratas que do céu herdou, O rei menino que se foi aos moiros Que foi aos moiros e ainda não voltou. Tem loiros os cabellos, e é criança, Tem olhos verdes de luar nocturno: Olhos verdes, são olhos de esperança! Olhos verdes, são Luas de Saturno! Veio da Africa mais a sua lança Vae pr'o mundo, rezando taciturno.

Vi então que tinha o cabello castanho-escuro, fino e levemente ondeado sobre a testa, mais polida e branca que os marfins de Normandia. E os olhos, banhados agora n'uma luz franca, não apresentavam aquella negrura profunda que eu comparára ao onyx, mas uma côr quente de tabaco escuro da Havana.

De repente a luz flammejou, mostrando, n'um relevo forte, todo o interior da camara, o grande monte dos marfins brancos, as arcas de dinheiro pintadas de vermelho, o corpo da pobre Fulata estirado diante d'ellas, o saco de couro cheio de diamantes, a vaga refracção que sahia dos cofres de pedra abertos, e as lividas faces de nós tres, alli sentados a um canto, á espera da morte.

Tudo era novo para elles, mas tudo avigorava as esperanças de virem a encher-se com o saque dessas cousas brilhantes, marfins e sedas, ouros e pedras, que luziam nos toucados e vestidos dos fidalgos de Moçambique. Em volta da esquadrilha fundeada vogavam os navios da terra, sem coberta nem pregaria: as taboas cosidas a couro, e velas de esteiras de palma. Os mouros vinham mercadejar com elles.

A cada momento paravamos a olhar as lojas ricas, com as suas taboletas verticaes de letras douradas sobre fundo escarlate: os freguezes, n'um silencio d'igreja, subtis como sombras, vão examinando as preciosidades porcelanas da dynastia Ming, bronzes, esmaltes, marfins, sêdas, armas marchetadas, os leques maravilhosos de Swaton: por vezes, uma fresca rapariga d'olho obliquo, tunica azul, e papoilas de papel nas tranças, desdobra algum raro brocado diante d'um grosso chinez que o contempla beatamente, com os dedos cruzados na pança: ao fundo o mercador apparatoso e immovel, escreve com um pincel sobre longas taboinhas de sandalo: e um perfume adocicado que sahe das coisas perturba e entristece...

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