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Assim eu fui sabendo que ella padecia do figado; tinha sempre muito dinheiro em ouro n'uma bolsa de sêda verde; e o commendador Godinho, tio d'ella e da minha mamã, deixára-lhe duzentos contos em predios, em papeis, e a quinta do Mosteiro ao pé de Vianna, e pratas e louças da India... Que rica que era a titi! Era necessario ser bom, agradar sempre á titi!
Para isso passavam em frente das largas janellas da sala de jantar, vestidas de flores e trepadeiras a emoldurar o fulgor das pratas e as cores mimosas das louças da India, que se viam dentro, cobrindo as paredes em extensas prateleiras. Quando sentiam vozes na sala, começavam n'aquelle ponto as suas lacrimosas melopêas. Laura contrariava-se com essas visitas.
Na barca de S. Pedro ex-santo, hoje banqueiro, São tantos os caixões com bulas da cruzada, E tanto o oiro em barra, as joias, o dinheiro, O navio é tão velho e a carga é tão pesada; Os anneis, os setins, as purpuras, as rendas, As mitras d'oiro fino, os bentos, as imagens, As pratas, os cristaes, os vinhos, as of'rendas, Os meninos do côro, os famulos, os pagens;
Tudo está enfeitado como n'uma paschoa sagrada: dos retratos dos avós pendem ramos de flôres de inverno, as flôres da neve, e todas as pratas da casa scintillam sobre os aparadores, n'uma solemnidade patriarchal. Dos grandes lustres balança-se o ramo symbolico do mistletoe, o ramo do amor domestico: e ai das senhoras que um momento pararem sob a sua ramagem!
O macilento e esgrouviado servo de Deus encolheu. Mas n'esse instante a Vicencia entrava com o chá, nas pratas ricas de G. Godinho. Então os dilectos amigos, com a torrada na mão, romperam em ardentes encomios: Que instructiva viagem!
Pois que, realmente, desde que as testas coroadas chegaram ao ideal de se apoderarem das contas e não pagarem nada, os povos só poderão desbancar os reis se, não pagando egualmente nada, começarem a estabelecer este uso: depois de se apoderarem das contas, apoderarem-se egualmente das pratas. Primeira aos membros da Associação Catholica no Porto Meus senhores e minhas senhoras.
Por isso, tambem, ao deixar o quarto, do outro, agonisante, elle põe na boca do indio, o Pratas, velho confidente dos dois, como que o echo do seu pensamento intimo: «O ideal seria que a alma delle não morresse, e nós ainda a encontrassemos, intacta e genial, num outro mundo insubmisso»! Ainda uma vez mais, elle formula o seu velho sonho: não acabar!
Emprestava facilmente dinheiro, e não negava esmola, nem se desculpava com a falta de cobres. «Tal desculpa seria boa, dizia elle se os mendigos se offendessem com as pratas.» E tambem dizia: «Ninguem dá esmolas mais ás escondidas do que eu, porque nem vejo as pessoas a quem as dou!» Triste gracejo proferido por um cego.
Puxei, com a mão a tremer, a minha chavena de chá: e, remexendo desfallecidamente o fundo d'assucar, pensava em abandonar para sempre a casa d'aquella velha medonha que assim, me ultrajava diante da Magistratura e da Igreja, sem consideração pela barba que me começava a nascer, forte, respeitavel e negra. Mas, aos domingos, o chá era servido nas pratas do commendador G. Godinho.
Está a amanhecer lá fóra, e os cinzentos azues dessa madrugada de inverno entram no quarto, com albescencias funeraes que me espantam. Pelas quatro horas Pratas que lhe sustinha o pulso, dá de repente um grito: é o momento: e o velho erguendo-se, em vez de correr ao filho morto, é contra nós que parece crescer, rigidamente...» Eis o final do drama! Mas quem é aquella mulher de negro?
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