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Amor é pois que abona estas dôces reliquias de capona, que Brigida começa a entoar subida na tripeça, por não ser o Bandarra, que cantou cysne, o que aprendeu cigarra. Chegue-se pois a bordo com juizo pernialto, para critiquizar, qualquer figura, que aqui não canta tordo, nem melro, que em contralto esperdiça seu mal pela espessura.

Acceitai dahi meus votos; Daqui a mão vos beijei; E dos doces que não como, Domingo me vingarei; Darei escumantes copos Ao perum, e aos môlhos seus; Brindarei os vossos Annos, Tratando mui bem dos meus. Aconselhando a hum Cebelleireiro, que não continuasse a fazer Versos. Pois que o talento inquieto Até em poezia provas, E queres ás mais desgraças Ajuntar desgraças novas;

Os senhores de Valneige approvavam muito esta vigilancia que tornava mais facil a sua, e as proprias crianças, temendo um pouco os ares sérios que a velha sabia tomar, gostavam comtudo d'ella porque era justa, porque fazia os dôces, e porque era sempre ella quem da melhor vontade se prestava aos seus caprichos, comtanto que esses caprichos não se lembrassem de vir uma hora mais tarde ou mais cedo do que devia ser.

Onde teria elle o bomsenso, revelado desde a adolescencia, quando commetteu a leviandade de casar com Luiza? Nada o libertaria agora, porque a sua inteireza de animo, a sua correcção nativa lhe vedavam o supremo recurso da fuga. Prendiam-n'o ao cepo abençoadas cadeias: os filhos, que eram os doces élos ligando o seu alvedrio á desdita. As creanças!

Lembranças de meu bem, doces lembranças Que tão vivas estais nesta alma minha, Não queirais mais de mi, se os bens que tinha Em poder vêdes todos de mudanças. Ai cego Amor! ai mortas esperanças De qu'eu em outro tempo me matinha! Agora deixareis quem vos sostinha; Acabarão co'a vida as confianças.

Olhai! se erguem De umas espectros palidos, medonhos, A quem baço clarão da luz dos mortos Ainda custa a soffrer: eis de outras surgem Radiosos espiritos que o premio Da virtude, nos ceus, hão recebido: Alli treme ante o pobre o rico, e o forte Ante o humilde, que nelle os olhos fita Severo: oh que tormento! infernaes dores São doces para o máu, a par do aspecto Do bom, que mudo lhe recorda os crimes.

Assim, encarcerada, o rosto lindo E a vista alçando a regiões ignotas, Minha musa entoou na mais viva: E eu, as languidas mágoas sacudindo, Moldei em dôce verso as dôces notas D'essa joven captiva! ANDR

Preceptor me escolheu para aplanar-lhe As sendas da moral philosophia, E não sei qual de nós lucrou mais luzes No mutuo engôdo da tenaz porfia. Doces momentos!... suspirado amigo!... Não mais me alegrará vossa presença N'este de mágoas lamentoso valle, Onde sopra tufões discórdia infensa.

Sabes, cruel, que tenho causas muitas Para te convencer, de que queixar-me; Por isso vás fugindo e não me escuitas. Ja não acho em que possa confiar-me. Aquelles doces versos ja t'esquecem, Que tu nos lisos álamos cortavas, Onde com teus enganos inda crescem? Arder por meu amor nelles mostravas: Eu, crendo que era assi, não entendia Quanto fingiste amar, quão pouco amavas.

Aqui leitor socegado! Velho burguez d'outras eras! Depõe o livro de lado; Não leias estas chimeras! Não corras esta carteira Meu velho amigo sem dentes! Em quanto geme a chaleira Sonha em teus mortos parentes! Mas vós amigos dos sonhos Doces mysticas violetas, Castos selvagens tristonhos, E solitarios poetas!...