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Quando se não póde esmagar a vibora, respondeu-lhe corajosamente o pagem, foge-se pelo menos da sua presença. Eu devera fugir para longe, embora procurasse nas brenhas dos sertões do Mandovy a companhia das onças e dos tigres. Mas sem cautela me deixei quedar n'este paiz de fanatismo e de crimes. Por isso me não reconheço justiça de queixar-me.

Mas ja que para errores fui nascido, Vir este a ser hum delles não duvido. E, pois ja d'acertar estou tão fóra, Não me culpem tambem se nisto errei. Se quer este refúgio terei, Fallar e errar, sem culpa, livremente. Triste quem de tão pouco está contente! Ja me desenganei que de queixar-me Não s'alcança remedio; mas quem pena, Forçado lh'he gritar, se a dor he grande.

Quer dizer que não devo queixar-me aqui, sob pena de zombarem de mim. Tanto não digo; mas não o entenderão; isso não. Porém a minha doença não é d'essas, que se não dão na aldeia, prima Magdalena; eu creio que verdadeiras desordens organicas... Ah! tambem? Com esse aspecto de robustez?!... Se eu sei o que tu estás ahi a dizer Lena! disse D. Victoria, que não tinha percebido bem o dialogo.

Mas, dentro da redacção, Teixeira de Vasconcellos era, pelo menos, um pouco Villemessant: auctoritario, por vezes brusco, um homem muito differente, tomando sempre á lettra o seu logar de chefe de redacção e de dono de jornal. Toda a gente se queixava d'isto, e eu tive tambem razão para queixar-me. Mas, logo que o redactor saía, o Villemessant, o dono do jornal desapparecia completamente.

Sabes, cruel, que tenho causas muitas Para te convencer, de que queixar-me; Por isso vás fugindo e não me escuitas. Ja não acho em que possa confiar-me. Aquelles doces versos ja t'esquecem, Que tu nos lisos álamos cortavas, Onde com teus enganos inda crescem? Arder por meu amor nelles mostravas: Eu, crendo que era assi, não entendia Quanto fingiste amar, quão pouco amavas.

Se de meu pensamento Tanta razão tivera d'alegrar-me, Quanto de meu tormento A tenho de queixar-me, Puderas, triste lyra, consolar-me. E minha voz cansada, Qu'em outro tempo foi alegre e pura, Não fôra assi tornada, Com tanta desventura, Tão rouca, tão pezada, nem tão dura.

Eu para levar a palma, Com que ser vosso mereça, Quero que o corpo padeça Por vós, que delle sois alma. Vós do corpo vos queixais, Eu queixar-me de vós posso, Porque, tendo hum corpo vosso, Na minha alma vos sangrais. E sem fazer differença No que de mi possuis, Pelo pouco que sentis, Dais á minh'alma doença. Porque dous aventurais? Oh não seja o damno nosso!

Queixar-me porque m'o não disseste, seria fazer injustiça á tua prudencia... Todo o teu empenho de boa amiga devia ser que eu ignorasse a indigna tentativa de Eduardo... Permittisse Deus que elle me não désse rivaes com menos virtude...

E ja que vos conjurastes Vós e Amor para matar-me, Oh não deixeis d'escutar-me! Pois a vida me tirastes, Não me tireis o queixar-me! Qu'eu, em sangue e em nobreza O claro Ceo me extremou; E a Fortuna me dotou De grandes bens e riqueza, Que sempre a muitos negou. Andando caçando aqui, Apos hum cervo ferido, Permittio meu fado assi, Que andando dos meus perdido, Me venha perder a mi.

Ólha como suspirão estas ondas, E como o velho Atlante O seu collo arrogante Move piedosamente, Ouvindo a minha voz fraca e doente. Triste de mi! Qu'alcanço por queixar-me, Pois minhas queixas digo A quem ja ergueo a mão para matar-me, Como a cruel imigo? Mas eu meu fado sigo, Que a isto me destina, E qu'isto pretende e m'ensina. Oh quanto ha ja que o Ceo me desengana!

Palavra Do Dia

alindada

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