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Naquella parte donde costumavas Apascentar meus olhos e teu gado; Alli donde mil vezes me mostravas, Qu'era o pastor de ti mais desejado, Vezes mil te busquei, por ver se davas Algum breve descanso a meu cuidado. Busco-te em vão no valle, em vão no monte, Qual o ferido cervo busca a fonte.

O cervo, qu'escondido e emboscado, Temendo ao cobiçoso caçador, Está na selva, monte, bosque, ou prado, Alli donde anda e vive, vive amor. Pois se a fera insensivel, que não sente, Tambem sente d'Amor a frecha dura, Porqu'a ti não t'abranda hum fogo ardente, Que procede da tua formosura? Porqu'escondes a luz do sol á gente, Que nesses olhos trazes bella e pura?

GALASIO. Isso não: has d'ouvir para julgar Qual de nós melhor canta e melhor sente. DELIO. Eu ja não cantarei, sem apostar. Aposto o meu rafeiro, que Valente Se chama, e com razão; que o lobo affasta, Se não cantar mais branda e docemente. GALASIO. Hum cervo manso aposto. DELIO. Isso não basta: Põe mais hum par da cabras. GALASIO. Deos me guarde; Porque, Delio, este gado he da madrasta.

Não deu Elle á avesinha o grão da espiga, Que ao ceifador esquece; Do norte ao urso o sol da primavera, Que o reanima e aquece? Não deu Elle á gazella amplos desertos, Ao cervo a amena selva, Ao flamingo os paúes, ao tigre o antro, No prado ao touro a relva? Não mandou Elle ao mundo, em lucto e trévas, Consolação e luz? Acaso em vão algum desventurado Curvou-se aos pés da cruz?

O nome do rei é Gonzaga; é uma historia authentica escripta no mais elegante italiano. Verão como logo o assassino obtem o amor da mulher de Gonzaga. O rei levantou-se. Quê!! um pequeno clarão apenas, o assusta? Que tem, senhor? Cesse a peça. Tragam luzes. Saiâmos. Luzes, venham luzes, luzes. Sim! que fuja e que chore o cervo mal ferido, E o que ao golpe escapou, gose um prazer profundo.

Quando entrou n'hum vergel d'esmalte fino, Qu'era de Amor plantado; e parecendo Lhe está menos humano que divino. Nelle a dor sua esteve suspendendo: Porém não, como cervo, está ferido, Reparo ao mal que leva pretendendo. Apparecia o sítio tão florído, Que provocava a não vulgar espanto, Entre huns altos ulmeiros escondido.

E ja que vos conjurastes Vós e Amor para matar-me, Oh não deixeis d'escutar-me! Pois a vida me tirastes, Não me tireis o queixar-me! Qu'eu, em sangue e em nobreza O claro Ceo me extremou; E a Fortuna me dotou De grandes bens e riqueza, Que sempre a muitos negou. Andando caçando aqui, Apos hum cervo ferido, Permittio meu fado assi, Que andando dos meus perdido, Me venha perder a mi.

Digo, que se por ventura Sabeis o que ando buscando: Hum Fidalgo, que caçando Se perdeo nesta espessura Apos hum cervo andando. Tenho esta parte corrida, Sem delle poder saber: Trago a alegria perdida; E se de todo a perder, Perca-se tambem a vida. Porque polo buscar Tenho trabalhos assás. Oh trabalhosa fortuna!

De quantos animaes sustenta a terra Nunca tanta crueza foi usada; Inda que tenhão huns com outros guerra, Nunca do macho a femia he lastimada: Anda a cerva co'o cervo por a serra, A novilha do touro acompanhada, Á leoneza o leão defender preza: Vós sós quebrais as leis da natureza?

Este viu-a aproximar-se, suspendeu-lhe das pontas o seu pesado manto; e, enquanto o cervo se desembaraçava do manto com um movimento formidável, o caçador cravou-lhe a lança entre as costelas, fazendo-a entrar até o coração. O animal caiu, e Vamiré sentou-se, extenuado pelo esforço. A pouco trecho porém, levantou-se, acendeu lume, e assou uma posta de cerva.

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