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Ideou quadros em que a mulher e a vida eram divinisados. Fez bacchanaes, em que as sacerdotisas nuas agitam tirsos enramados, coroadas de flôres, numa loucura divina. Compôz uma scena das vindimas em que as mulheres comem as uvas, sob as latadas viçosas, das boccas dos amantes. Fez Leda e o cysne, em que, n'um lago transparente, as virgens descuidosas se banham.

Comtudo, dizem que o cysne não canta senão quando o vento zephiro respira. Não é logo muito que eu seja mudo tantos dias, sendo poeta vosso, se vós, que sois meu zephiro, n'elles me faltaes."

Gonçallinho ia na esteira de Camões, que dizia nos Lusiadas: Ao longo da agua o niveo cysne canta, Responde-lhe do ramo philomela. Na varzea de Collares não faltavam agua, verdura, rouxinoes. Diogo Fernandes Ferreira explica a razão por que as quatro personagens da lenda foram metamorphoseadas n'aquellas aves.

Trezentos barcos, forrados de seda escarlate e azul, foram recebel-o. Cada um d'estes tinha na prôa um cysne ou um dragão de ouro, e era tripolado pela mais fina gente da cidade; musicas e acclamações atroaram os ares.

E quantas vezes não é o instincto da maternidade a causa do vicio e do crime? Ainda a Viscondessa No meio de todas as suas loucuras era a Viscondessa uma nobre e esplendida mulher. Uma trança preta, côr de azeviche, lhe cobria o cóllo de cysne. A bôcca esculpturalmente pequena, quasi se desfazia n'um beijo, ethéreo, imperceptivel, como o ar.

Do genio a seiva, a primavera da alma, langue; raro floresce, a longe, a longe. ¡Como! ¡tão novo ainda, é forçoso que a grinalda poetica se esfolhe! ¡Lyra que apenas entoou preludios, desafina, e jazerá sem honra! ¿Serão estes os canticos do cysne?

Foi o canto do cysne, o canto derradeiro D'aquella augusta voz que se esvaiu no ar; Adeus da terna amante ao seu amor primeiro Que eterno ella julgou, mas cedo viu findar; Ultimo adeus de quem, ha pouco ainda crente N'uma hora apenas , qual sombra na corrente, Morrer-lhe as illusões co'a morte d'esse amor E triste se envolveu no vêo de uma erma dôr.

Requebrava o colo em dengosas flexuras de cysne preto, e entre-abria sorrisos de donzel, deixando apenas descerrar os labios. Risos francos e abertos não os confiava sequer do espelho. Eram-lhe dôr, desaire e violencia enormes não poder rir.

Quando, como a alveloa, delicada E linda como a flôr que haja mais linda Passava como o cysne, ou como, ainda Antes do sol raiar, nuvem doirada; Quando em balsamo d'alma piedosa Ungia as mãos da supplice indigencia, Como a nuvem nas mãos da Providencia Uma lagrima estilla em flôr sequiosa;

Mas ao longe, á distancia onde a leva a Saudade, Tão esbatida vae essa triste canção, Que não desperta commoção nem piedade: Encanta o ouvido, mas não chega ao coração. E o Cysne, abandonado ao seu destino, expira, Hallucinado e , sob o silencio agreste, Pensando que no azul, como um mar de saphira, Os astros a luzir são a geada celeste... A Luiz de Magalhães

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