United States or Yemen ? Vote for the TOP Country of the Week !


E ao ver-te, o riso, e pranto misturando, Humas ás outras com prazer chamando: Todas para te verem correm, voão: Vivas, applausos pelos ares sôão. Huma te beija a face alva, e rosada, Que a faz com pranto seu rosa orvalhada. Outra te enfeita as tranças graciosas De myrto, e cravo, de jasmins, e rosas. Verás, que ao som das lyras vem cantar-te A magoa de perder-te, o bem de achar-te.

Agora toma a espada, agora a pena, Estacio nosso, em ambas celebrado, Sendo, ou no salso mar de Marte amado, Ou n'água doce amante da Camena. Cysne sonoro por ribeira amena De mi para cantar-te he cobiçado; Porque não podes tu ser bem cantado De ruda frauta, nem de agreste avena.

No inverno, as candidas aves Abandonam os pombaes, Meu bem, teus olhos suaves Não me desterrem jámais! Quando á tarde o ceu flameja, Junto de ti encostado, Que vezes, não tenho inveja Da agulha do teu bordado! Eu quizera a toda a hora Cantar-te, ó sol os meus dias! Como os sonetos que á Aurora Enviam as cotovias. Ó labios que pedem beijos! Ó brancas mãos delicadas!

Quizera ser poeta, um eximio trovador, para cantar-te em endeixas das mais bellas; minha estrella, candida flôr de neve, quizera ter de Rubens o pincel immorredouro para pintar a tua immagem bella; quizera ter de Tasso a lyra que o inspirou para cantar tua formosura... Mas do tudo careço; em vez da inspiração, apenas pobres phrases voam ao tom das rajadas da indifferença.

Oh minha mãe! a magua me entristece De que Deus, cujas dadivas divide Por tanta gente, a mim me não cedesse Para cantar-te a harpa de David!... Dos proprios paes e estranhos mal tratado, Fui pôr-me á tua sombra hospitaleira, E em teu seio de mãe abençoado Achei d'esta alma a patria verdadeira!

Has-de pagar-Me o Absyntho e a Morfina! Hei-de ser cigana da tua sina! Hei-de ser a bruxa do teu remorso! Hei-de desforra-dôr cantar-te a buena-dicha em aguas-fortes de Goya e no cavallo de Troya e nos poemas de Poë! Hei-de feiticeira a gallope na vassoira largar-te os meus lagartos e a Peçônha! Hei-de vara magica encantar-te arte de ganir! Hei-de reconstruir em ti a escravatura nêgra!

não cínjo de loiro a minha testa, Nem sonoras Canções o Deos me inspira: Ah! que nem me resta Huma quebrada, Mal sonora Lyra! Mas neste mesmo estado em que me vejo, Pede, Marilia, Amor que cantar-te: Cumpro o seu desejo; E ao que resta supra A paixão, e a arte. A fumaça, Marilia, da candêa, Que a molhada parede ou çuja, ou pinta; Bem que tosca, e fêa, Agora me póde Ministrar a tinta.

O pai das Musas, O Pastor loiro Deo-me, Marilia, Para cantar-te A lyra de oiro. As cordas firo, O brando vento Teus dotes leva Nas brancas azas Ao firmamento. O teu cabello Vale hum thesoiro; Hum me adorna A sabia frente Melhor que o loiro. Nesses teus olhos Amor assiste; Delles faz guerra; Ninguem lhe foge; Ninguem resiste.

Oh Sol! oh Sol! a minha lingua é pobre Para cantar-te em verso o quanto vales Perante as maravilhas que descobre A vista humana por montanha e vales!... Desde o negro carvão que o fogo atêa Ao cédro altivo que no mundo avulta; Desde o meu sangue á luz da minha idêa: Por tudo existe a tua essencia occulta!... Hostia de luz esplendida, patente Perante os povos em perpetua missa!

Palavra Do Dia

líbia

Outros Procurando