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A alma vae-me, em delirio, pelos plainos celestes... desfolhando-te psalmos, seguindo entre o bando das chimeras... Apoz o devaneio, pousa entre arminhos... na paz do teu peito. Se me repudias!... oh! então... não mais te fixarei amorosamente; não mais, oh! brilhantissimo astro, eu procurarei vêr-te; não mais fitarei teu rosto, que encantos mil encerra.

Houve um momento de silencio, que Vicente interrompeu subitamente, dizendo: Mas a final o que te trouxe hoje aqui? O conselheiro respondeu com resolução: Vêr-te, como disse, e ao mesmo tempo falar-te de um objecto grave. Sim? E commigo é que vens tratar os objectos graves? Por que não? sempre foste homem de bom conselho. Nem sempre, Manoel, ou nem sempre pensaste assim.

A nossa velha Rosinha está doida de contente; todos te querem muito e desejam vêr-te. Oh! que felicidade! quando estiveres ao de mim, no nosso Valneige, no meio de todos nós. «Tua irmã «Camilla». Adalberto ficou contentissimo ao ler esta carta; mas teve o cuidado de não o deixar perceber.

«Pois essa gentil figura, Esse pallido semblante, Essa expressão de ternura Que todo o teu ar respira, A luz do olhar scintillante, Dize emfim: quanto se admira, Quanto ao ver-te nos encanta, Será sem alma, e sem vida?!» Sorrindo me respondeu: «Aqui não ha coraçãoMas eu vi que elle bateu D'essa vez precipitado Por que a sua nivea mão Tentou comprimil-o em vão!

Punida estás, bem punida, Sabe pois que amor do ceo, Amor como foi o meu, Encontra-se um na vida! Inda ao ver-te... porque não, Porque t'o devo occultar?! Este morto coração, De novo sinto pular Em meu peito fatigado! Emfim, se o destino agora, Quer que não possa existir Da esperança do porvir, Deixal-o existir embora, Da saudade do passado!

Desprendeu-se brandamente, emfim, e limpando as lagrimas: Não, filha, é uma desgraça que nos succede, mas tem de ser. Se tu soffres, imagina eu! Vêr-te casada, a viver com outro... Nem fallemos n'isso... Mas então, é a fatalidade, é Deus que a manda! Ella ficára aniquilada, á beira do leito, tomada ainda de grandes soluços.

Do ceu de Portugal fez a tua alma! E ao vêr-te sempre assim, tão pura e calma, Da minha Noite, eu fiz a Claridade! Ó meu anjo de luz e de esperança, Será em ti afinal que descança O triste fim da minha mocidade! Ilha da Madeira, junho, 1898. Sestança Ia em meio da minha Mocidade, Perdido d'affeições, ao vento agreste, Quando na Vida tu me appareceste, Sestança, minha Irmã da Caridade!

Bem me podes negar toda esperança, Mas eu não desistir deste comêço; Porque tempo e Fortuna não são parte Para deixar hum'hora de amar-te. Ja que ver-te os meus olhos alcançárão, Descansem neste bem com alegria, Pois ja com ver os teus tanto ganhárão, Quanto, estando sem vê-los, se perdia. Que glória querem mais, se a ver chegárão Aquella pura luz que vence ao dia?

Flôr, que uma e neutra, como Deus, não gera; Que se abre morre, mas sem prole, inteira Com todo o côro das virgineas graças: Ao vêr-te, embora meu olhar te envia O impio incenso de Nadab, ajoelho... Rosa da face e, não rosa, espelho Da face occulta de quem espalha o dia!

Se a sua presença te affligir, se continuares a detestal-o, eu o arredarei para longe de ti... Se, pelo contrario, te sentires bem ao lado d'elle, ouvindo-o e apreciando-lhe as nobres qualidades, ficará e continuará a vêr-te, como uma pessoa amiga, na ignorancia absoluta dos laços que o prendem a ti... Helena de Noronha guardou um silencio indeciso que era quasi uma acquiescencia.