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Quando á noite chegou a Albergaria, parecia-lhe que todos os soffrimentos tinham sido apenas um sonho mau. Não o sentiu porém assim a pobre e velha mãe que, recebendo-o surprehendida e alvoroçada, ao attentar na sua physionomia escalavrada por dez dias d'ausencia de Emilia, mal poude conter as lagrimas. Claudio mentiu-lhe. Fôra uma constipação com alguma febre, uma noite que se demorara na Matta.

O marquez enxugava as lagrimas, emquanto Domingos Leite Pereira escrevia, parando a cada palavra a penna, á espera que as palpebras embebessem o jorro das lagrimas.

Era nado o sol havia muito, quando Domingos Leite espertou. Bernardo, entre receios e lagrimas, disse-lhe que o não chamara, porque á hora aprazada adormecera seu amo, depois de arder em febre agitadamente. Mas porque choras tu? perguntou Domingos Leite. Porque choro, senhor!... Ai! quem o viu, quem o viu, meu querido senhor! E abraçou-se n'elle, abafando-lhe os gritos no seio.

Não tardou que o pae, com as lagrimas nos olhos, saisse com o filho, depois de haver apertado a mão, muito expressivamente, ao amigo que tinha afagado o Julito, e interrompendo desde essa hora as suas relações com o outro amigo que o reprehendera.

Ella alli ficava morta. Encheu-me o peito uma longa saudade. Lembrava-me d'ella, dançando no convez do Ceylão, rindo á mesa de Clarence-Hotel. Tudo tinha acabado. Nunca mais! nunca mais! Alli ficava com uma bala aos pés! O vento refrescou. Vento d'Eeste! disse o marinheiro de quarto. Vem de Malta... pensei eu. E as minhas ultimas lagrimas cairam sobre o mar...

Os desvélos do pae e da amante, auxiliados pela constituição vigorosa de Arthur, arrancaram-n'o das bordas do tumulo. convalescente, tomou um dia as mãos do pae e de D. Maria, beijou-as religiosamente, e disse-lhes, com lagrimas na voz, e nos olhos: Porque me não deixaram morrer?!... Acabava tudo, e não os faria soffrer mais...

E querendo esconder nas sombras o seu rôsto, Para chorar tão intimo desgosto, Ter de invocar a noite em altos gritos! Ó meu vulto perdido em trevas misteriosas! Cégo, a bater de encontro ás brutas cousas, Coberto de feridas, a sangrar... Sou como a sombra em lagrimas do mar; Nuvem desfeita em chuva; Um enorme phantasma de viuva A rezar e a chorar na solidão sem fim!

Fontes Pereira de Mello acaba de ter essa deificação feita de lagrimas, essa grandiosa deificação que não se recommenda, que não se aconselha, que não se ensina, mas que rebenta do coração de todas as classes sociaes, como a lava rebenta da cratera de um vulcão, e que explude n'uma grande e profunda erupção de sentimento ingenuo e sincero.

Não acreditemos tambem demasiadamente n'isto, porque Deus não passa ainda de uma interrogação: Pura essencia das lagrimas que choro E sonho dos meus sonhos! Se és verdade, Descobre-te, visão, no ceu ao menos!

E se soubesses com que receios o fez! se visses com que lagrimas não fingidas me interrompeu, quando eu lhe ia a confessar o que pensavas das mulheres, que se encontram sós e mascaradas n'aquelles logares! Pois tu disseste-lhe... Ó Jenny!...