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Uma barba de neve, lustrosa d'oleo, cahia-lhe até á faxa que o cingia; e os hombros largos desappareciam sob a esparsa abundancia dos cabellos alvos, sahindo do turbante como uma pura romeira de arminhos reaes.

Que eu vejo nos povoados Muitos dos salteadores Com nome e rosto de honrados Andar quentes e forrados De pelos de lavradores. E senhor, não me creais Se não as achão mais finas Que as dos lobos cervais, Que arminhos nem zebelinas. Custão menos, valem mais. Ah senhor, que vos direi Que acode mais vento ás velas? Nunca se descuide o rei, Que inda não é feita a lei, Ja lhe são feitas cautelas.

Porque comprehendem bem esta nuance agora é a mais distincta, a mais elegante, a mais aristocratica das princezas, que revê os candidos e impolutos arminhos do seu real manto no mesmo espelho a que na vespera fez a barba o Villas! e é a mesma augusta soberana que, descendo do seu throno com a esvelta graça altiva e triumphante de uma Diana vencedora, vae ella mesma tomar o chá no mesmo bule por cujo bico almoçou dois dias antes o Agostinho, da rua do Alecrim!... Oh! minha senhora! minha senhora!

A princeza Mercedes, no palacio de Aranjuez, remirando, n'um encantamento de felicidade e de surpresa, os brindes maravilhosos que de toda a parte lhe mandavam: o rei, uma corôa de brilhantes, um pendant, de Froment Maurice, um bello camapheu antigo com uma allusão mythologica; Izabel II, um manto de velludo, estrellejado de ouro, acolchoado de arminhos; D. Francisco de Assis, uma corôa real constellada de diamantes, um raio de sol cinzelado em diadema.

Hoje vestis a batina; amanhã cingireis a toga do magistrado, os talares do sacerdote, a opa do tribuno, a banda do militar, os arminhos do ministro. Hoje sois a nau do futuro; amanhã sereis o leme. Hoje ides na tolda cantando ao luar os poemas das vossas navegações amorosas; amanhã estudareis á luz da bitacola os contornos coloridos do atlas.

Assim, Victor Hugo, por exemplo deveria viver a sua longa vida a cantar L'Enfant du Miracle e as Vierges de Verdun ou seria mais consentaneo com a sua dignidade jaser inhumado nos arminhos de Par de França da Monarchia de Julho?! Certamente que a phase republicanissima d'aquelle grande espirito é a que mais convém...

Por isso, quando a generosa alma do filho de Victor Manoel, espavorida dos horrores da grandeza, quiz sacudir de si os arminhos da magestade, e aspirou á liberdade do seu principado, do seu lar, da sua patria, Emilio Castelar, redigindo a resposta á mensagem d'el-rei Amadeu, generosa como a renuncia do monarcha, fez votos porque a liberdade, que o principe deixára nos seus jardins de Italia, voltasse a sorrir-lhe de novo, deposta a corôa que comprime a fronte...

E pois que tão transformado Me tẽe vossa formosura, Hum de nós troque o estado. Ou vós para o povoado, Ou eu para a espessura. Dos arminhos he certeza, Se lhe a cova alguem çujar, Morar fóra, antes d'entrar: D'estimar muito a limpeza Pola vida a vai trocar: Tambem quem na serra mora Tanto estima a honestidade, Que antes toma ser pastora, Que perder a honestidade A trôco de ser Senhora.

Derradeira abjecção! baixesa extrema! Quando has de tu deixar as vis doutrinas, As vis superstições dos tempos velhos, E fazer cathedraes das officinas, E procurar na Sciencia os Evangelhos? Quando has de tu surgir calcando arminhos, Nos salões onde, altivos do seu nada, Ri a mitra da c'roa dos espinhos, E o sceptro inutil da prestante enxada?

Romperam o pacto da fidelidade? deshonraram-se reciprocamente? Muito bem! Hossana aos filhos da natureza! Urrah pelo rebanho de Epicuro! Qual matarem-se! Vivam! no lar ou na rua, na lama ou nos arminhos; mas vivam e medrem como gente de boas e bem saldadas contas. Isto é o que a lei quer, o que a religião da caridade aconselha, e o que a sociedade tolera com um bem dissimulado respeito.