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Longe, longe de mim, ímpias tyrannas, Ide viver com féras deshumanas: Em fim, parto a morrer: Adeos, Pastora, Adeos, ímpia: Adeos, falsa: Adeos, traidora.

Dous tormentos vejo Grandes por extremo: Se vos vejo, temo, E se não, desejo. Quando me despejo, E venho a escolher, Temendo o desejo, Desejo temer. Pastora da serra, Da serra da Estrella, Perco-me por ella. Voltas. Nos seus olhos bellos Tanto Amor se atreve, Que abraza entre a neve Quantos ousão vellos. Não sólta os cabellos Aurora mais bella: Perco-me por ella.

Ante o seu espírito infantil perpassou, como um clarão de relâmpago, a imagem de uma rapariga, pastora como ele, com quem se havia encontrado mais vezes, mas que havia muito não vira. Ai, se fosse a Rosária!... dizia consigo. E impondo silêncio ao rebanho, que acabara de beber, pôs-se atentamente

Huma cousa quero encomendarte, Para repouso algum de meu engano, Antes que o tempo, emfim, de mi te aparte: Que s'esta fera, qu'anda em traje humano, Por a montanha vires ir vagando, De meu despôjo rica e de meu dano, Comos vivos espritos inflammando O ar, o monte e a serra, que comsigo Continuamente leva namorando; Se queres contentar-me, como amigo, Passando, lhe dirás: Gentil pastora, Não ha no mundo vício sem castigo.

E pois que tão transformado Me tẽe vossa formosura, Hum de nós troque o estado. Ou vós para o povoado, Ou eu para a espessura. Dos arminhos he certeza, Se lhe a cova alguem çujar, Morar fóra, antes d'entrar: D'estimar muito a limpeza Pola vida a vai trocar: Tambem quem na serra mora Tanto estima a honestidade, Que antes toma ser pastora, Que perder a honestidade A trôco de ser Senhora.

Tinha a pureza da vegetação virgem, a suavidade inculta da floresta, e ao mesmo passo o destemor da vivandeira, a facilidade de morder um cartucho de polvora e de cantar uma canção marcial. Na alma tinha os murmurios das correntes patrias; nos olhos o brilho da polvora. Era, n'uma palavra, a pastora tornada vivandeira. Respeitava-a todo o regimento e conhecia-a todo o exercito.

Ah! não se manche Teu brando peito Do vil defeito Da ingratidão: Os versos beija, Gentil Pastora, A penna adora, Respeita a mão, A mão discreta, Que te segura A duração. N'uma noite socegado Velhos papeis revolvia, E por ver de que tratavão Hum por hum a todos lia. Erão copias emendadas De quantos versos melhores Eu compuz na tenra idade A meus diversos amores.

Este era o theatro verdadeiramente nacional até o anno de 1600, em que floresceu Simão Machado, auctor do Cerco de Diu e da Pastora Alfêa. Muitas composições d'este genero se perderam, ou não chegaram á nossa noticia, como os Autos de Antonio Pires Gonge, de Sebastião Pires, e de António Peres, que dizem que escrevera mais de cem dramas.

He, Glauceste, os teus Amores; E nem por outra Pastora, Que menos dotes tivera, Ou que menos bella fôra, O meu Glauceste cançára As divinas cordas de ouro. Ah! que a tua Eulina vale, Val hum immenso thesouro! Sim, Eulina he huma Deosa; Mas anîma a formosura De huma alma de féra, Ou inda mais dura.

Aos seus pés tinham-se deitado os rafeiros, e os dois rebanhos, confundidos, andavam na pastagem. Olha as ovelhas juntas! notou o Gonçalo. Também nós nos quedámos juntos, volveu-lhe a pequena, sorrindo. As pobres dão-se bem, são amigas... continuou com júbilo. E nós também, ora também, Rosária? Também respondeu afoita a pastora.

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