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São de ventura, são de felicidade! Cada uma me vale o céo, cada uma é um hymno, cada uma é um poema! Choro, porque nem só a dôr, nem só a tristeza, nem só o infortunio, tem lagrimas. A alegria, quando é tão grande, como a que eu estou sentindo, tambem as tem, tambem se adorna com ellas.
Chegada apenas a caterva infrene Ante o altar principal, detem-se e pasma: Oh qual o adorna resplandor pomposo!
Nunca dei entrada no meu espirito a qualquer suspeita prejudicial á inexcedivel virtude de V. Exc.^a, e á que adorna as suas interessantes discipulas, o que não obstou a que eu fizesse reparo confesso-o em certo embaraço que descobri em todas, na occasião a que V. Exc.^a se refere. Eu explico ao snr. Arthur Soares a razão do nosso abalo; disse repentinamente Rosa.
Assi formoso e inteiro, assi decoro Adorna quem o tẽe, como o tomou, Quando se ouvir o extremo som canoro. Mas ai! qual terror subito occupou O vosso claro peito, ó Portuguezes? Qual pavido temor vos congelou? Que lançadas, que golpes, que revézes Vos fizerão fazer tamanha injúria Aos fortes Lusitanicos arnezes? Ou ja de Capitão sobeja incuria, Ou fraqueza?
O pai das Musas, O Pastor loiro Deo-me, Marilia, Para cantar-te A lyra de oiro. As cordas firo, O brando vento Teus dotes leva Nas brancas azas Ao firmamento. O teu cabello Vale hum thesoiro; Hum só me adorna A sabia frente Melhor que o loiro. Nesses teus olhos Amor assiste; Delles faz guerra; Ninguem lhe foge; Ninguem resiste.
O primeiro adorna a obra de D. Francisco Moreno Porcel, intitulada Retrato de Manuel de Faria y Sousa, relacion de su vida y catalogo de sus escriptos, impressa em Madrid em 1650. O descripto sob o numero 952 acha-se na segunda edição desta mesma obra e é gravado por Bernardo Fernandes Gayo, que floresceu um seculo depois de Noort.
Diversos gráos, e proporção distincta As côres entre si guardão, conservão; O brilhante escarlate occupa o fundo, O laranjado o meio, e, qual no Goivo O amarello se mostra, alli campêa; O verde então se vê, que enroupa as plantas; Vegetação Rainha assim se veste, Ópa com que se adorna, e o Mundo enfeita: Do azul, que forra os Ceos, o Indico he perto, E da saudade o symbolo tristonho, Matiz da violeta; eis brilha o rôxo.
Gloria, lucro, respeito, bençãos são para aquelle que afaga com palavras mentidas as preoccupações populares; para aquelle que, sem discrime, louva, adorna ou repete como echo as opiniões que ao redor delle, talvez por cima delle, esmagando-lhe a consciencia, passam como torrente.
Avante, ó novo Gama, já confusas Com as tuas acções vejo as antigas, E para te cantar promptas as musas. Tem-nas da tua parte por amigas, Materia dando a satyras facetas Como as de Horacio, destro n'estas brigas. Se minhas forem, não serão discretas, Porque da rima a musica sonante Adorna as minhas pobres cançonetas. Inda esta nos faltava, a cada instante Andares tu contra ella declamando!
O estylo constitue a primeira belleza d'uma obra litteraria é verdade mil vezes repetida; mas verdade quasi sem objecção. Mudam as idêas, tomam novo curso, succedem-se umas ás outras como as vagas do oceano, e se o estylo as não adorna, se as galas da linguagem as não enfeitam, as não endeusam, o livro lido hontem com interesse, com entranhado prazer, é hoje repellido com tedio e fastio.
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