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E se eu cantar quizer Em Babylonia sujeito, Hierusalem, sem te ver, A voz, quando a mover, Se me congele no peito; A minha lingua se apegue Ás fauces, pois te perdi, S'em quanto viver assi Houver tempo, em que te negue, Ou que m'esqueça de ti. Mas ó tu, terra de glória. S'eu nunca vi tua essencia, Como me lembras na ausencia?

A clemencia, que asserena Coração tão singular, S'eu nisso puzesse a penna, Sería encerrar o mar Em cova muito pequena. Bem basta, Senhor, que agora Vos sirvais de me occupar; Que assi fareis aparar A penna, com que algum'hora Vos vereis ao ceo voar. Assi vos irei louvando, Vós a mi do chão erguendo, Ambos o mundo espantando; Vós com a espada cortando, Eu com a penna escrevendo.

S'eu fugíra de ti, tu me seguiras; Por mi ardêras, não por huma ingrata, Por quem choras em vão, em vão suspiras. Respondem-me estes montes, quando chamo Por ti com triste voz; Ecco responde Das lagrimas, movida, que derramo. E tu não me respondes, nem sei onde Te leva esse desejo; mas bem sei Que amor e desamor de mi t'esconde. Ai triste Phyllis! triste! Onde acharei Remedio a tanto mal?

Oh s'eu podera Gastar agora umor de Carpideira, Noite, e dia regára o teu sepulcro. Tu es digno de lagrimas eternas. Eroi sempre invensivel, que fizeste Notar teus aleivozos inimigos, Se venserte quizeraõ, c'o a infame, C'o a dezonroza marca de cobardes; Varaõ constante, que arrostaste os lanses, Qual aguia majestoza arrosta os ventos.

Conde, cujo illustre peito Merece nome de Rei, Do qual muito certo sei Que lhe fica sendo estreito O cargo de Viso-Rei; Servirdes-vos d'occupar-me Tanto contra meu Planeta, Não foi senão azas dar-me, Com as quaes vou a queimar-me, Como o faz a borboleta. E s'eu a penna tomar, Que tão mal cortada tenho, Será para celebrar Vosso valor singular Dino de mais alto engenho.

Que razão boa, ou que côr Podeis dar a esta affeição? Dizei-me vossa tenção. Onde vistes vós amor Que se guie por razão? Se quereis saber de mi Que fim, ou de que theor O pretendo em minha dor; S'eu neste amor quero fim, Sem fim me atormente Amor. Mas vós com gloria fingida Pretendeis de m'enganar, Por assi mal me tratar: Assi que me dais a vida Somente por me matar. Eu digo-vos a verdade.

Quem desta , quem dest'amor não cura, Nunca teve sujeito o coração; Queo firme amor com a alma eterna dura. BELISA. Mal conheces, Almeno, huma affeição; Que s'eu desse amor tenho esquecimento, Meus olhos magoados to dirão. Mas teu sobejo e livre atrevimento, E teu pouco segredo, descuidando, Foi causa deste longo apartamento.

trama venha por ti, Duna feiticeira ! Porque não me ólhas direito, Cadella, que assi me cortas? Porque vos quero dar portas; Que s'eu olhar d'outro geito, Trarei cem mil vidas mortas. E pois para que me andais Enganando ha cem mil annos? Dou-vos vida com enganos. Nesses enganinhos tais Acho crueis desenganos. Quant'esses vos quero eu dar: Vós cuidais que estais na sella?

Sempre os teus olhos estão, Camilla, d'ágoas banhados. De se verem desamados Póde ser que chorarão. Si, mas crescem os abrolhos, E tu cegas por Cincero. S'eu não vejo quem mais quero, Para que quero mais olhos? Se se foi ha mais d'hum mês, Teus olhos não cansarão? Não, que apos elle se vão Estas lagrimas que vês. Fazem logo estes abrolhos O mato espinhoso e fero.

Senhora, s'eu alcançasse No tempo que ler quereis, Que a dita dos meus papéis Pola minha se trocasse; E por ver Tudo o que posso escrever Em mais breve relação, Indo eu onde elles vão, Por mi quizesseis ler;

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