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Era esta sagacisima, adestrada, Mestra no ultimo ponto em Chiromancias. Olhou, examinou, tomou medidas, Mas viu mil cruzes na polpuda palma Do magnanimo Eroi, mil entrelinhas Cortando inteiras linhas, mil figuras, Mil indicios em fim de agoiro aziago, De caza em todos toma pose o susto: Parese cada cara uma laranja.

Cá-cá fora me'amigo, cu na rua; Á de ir aqui tu-udo c'o a maleita. E ve-ve-ve veremos, e veremos Quem-quem leva a melhor: xê-xegá'gora Um nunca visto inzercito de jente; Saõ co-como mosquitos: se tem barbas, S'hé-s'hé-s'hé-s'hé capás ponhase em campo. Qual grande Ferrabrás no xaõ deitado Desprezando do garrulo Oliveiros O louco dezafio, o Eroi prestante Do Rino desprezou o stultiloquio.

Caetano. He um quidam sexagenario, bebado da 2.ª espese, cujas dezencaixadas xocarrises nos fazem ver, que he um daqueles genios que sempre estaõ de caninha n'agua. Tanto que a Mãi das trevas taciturna Desdobrou sobre a terra o manto negro, C'o a palma da vitoria ufano e alegre Dar a seus Cabos um convite lauto Determina o Eroi pantafasudo.

Contase que saindo n'outro tempo Este novo Quixote aventureiro Pelo mundo a ganhar glorioza fama No serviso do Rei dos bravos vinhos, E querendo a uma nova Dulcinea O governo entregar de seus morgados, Ja que a Parca cruel lhe avia feito A vês primeira o tálamo dezerto; Axára em Santarem uma Matrona So digna de um Eroi, so digna dele.

Eis sobre a manhan um se espreguisa, E fazendo tres cruzes sobre a boca Enormemente aberta o outro acorda. Saõ oras, dis o Eroi roufenhamente, Trazeime eses calsoins, daime ca a vestia. Fora c'o a noite! ha muitos tempos nunca Dormi noite pior!

Bem viste a Franxinota o que te dise Quando lendo te esteve a buena dicha. Com efeito apromtouse uma merenda, Que para outro qualquer fôra um banquete. Mas vem a cada porco um S. Martinho. Em fim he tempo, os duros Fados instaõ, E Lachesis da roca por momentos Vai tirar ao Eroi o ultimo fio.

D'improvizo As entranhas do Eroi rujindo estalaõ: Com orrorozas vascas treme o corpo: Os brasos se lhe estrixaõ; torce a boca; Revirados os olhos se lhe vidraõ, Os dedos fexa, estende as pernas, morre. Ah barbaro traidor! Que gloria, ou fama Defeito taõ atrós, de asaõ taõ crua Pertendes alcansar? Sempre em meus versos, Se versos os meus versos sempre forem, Notado tems de ser de vil, de infame.

Mas ja um Foca enorme e gueludo, De dente anavalhado, unha rompente, Cujo coiro entezado e verde-negro Se ria das mais fortes cutiladas, Um vinheo Capitaõ tragando estava, Quando o intrepido Andrade irozo acode. Aqui ainda viu do mizeravel Engolir os restantes calcanhares. Tremeu convulso o monstro; e o bruto sprito Aos ares se soltou envolto em sangue. Acodem muitos Focas, o Eroi cercaõ.

Os golpes se amiudaõ, giraõ destras As talhantes catanas: um sobre outro Vantajem naõ conhese um'ora inteira. Transforma-se Achelóo d'improvizo N'um dragaõ feio de farpada lingua: Espanta-se o Eroi, mas destemido Sobre as azas um córte lhe aprezenta, Que o fas baquear em terra.