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trama venha por ti, Duna feiticeira ! Porque não me ólhas direito, Cadella, que assi me cortas? Porque vos quero dar portas; Que s'eu olhar d'outro geito, Trarei cem mil vidas mortas. E pois para que me andais Enganando ha cem mil annos? Dou-vos vida com enganos. Nesses enganinhos tais Acho crueis desenganos. Quant'esses vos quero eu dar: Vós cuidais que estais na sella?

Pois, Senhor, tão pouco estais Com quem vistes inda agora? Faça-se como mandais. Vós me vereis , Senhora, Primeiro do que cuidais. Amphitrião e Sosea. Emfim tu, que estás aqui, Estavas ja primeiro? Señor, crea que es ansí. Eu nunca entendi de ti, Qu'eras tambem chocarreiro. Señor, yo que estoy presente, No soy Sósea su criado?

Dama d'estranho primor, Se vos for Pezada minha firmeza, Olhae não me deis tristeza, Porque a converto em amor. E se cuidais De me matar, quando usais D'esquivança, Irei tomar por vingança Amar-vos cada vez mais. Porém vosso pensamento, Como isento, Seguirá sua tenção, Crendo qu'em tanta affeição Não haja accrescentamento.

Porque me dizeis Que de meu parecer Vos procede o que sabeis. He verdade. Pois bem sento Que o vosso saber he vento. Fica a cousa declarada, Meu parecer não ser nada. Olhae aquelle argumento: Além de bella, avisada! Oh nem tanto, nem tão pouco! Vêde vós o que fallais. Cego no saber andais. No siso, mas não tão louco Como vós, mana, cuidais. Ora dizei, duna : Que não amais, quem vos ama?

Se na condição Está serem verdes, Porque me não vedes? Trocae o cuidado, Senhora, comigo; Vereis o perigo, Qu'he ser desamado. Voltas. Se trocar desejo O amor entre nós, He para qu'em vós Vejais o que vejo. E sendo trocado Este amor comigo, Ser-vos-ha castigo Terdes meu cuidado. Tendes o sentido D'Amor livre e isento, E cuidais qu'he vento Ser tão mal querido.

Formosos olhos, que cuidado dais Á mesma luz do sol mais clara e pura; Que sua esclarecida formosura, Com tanta gloria vossa, atraz deixais; Se por serdes tão bellos desprezais A fineza de amor que vos procura, Pois tanto vêdes, vêde que não dura O vosso resplandor quanto cuidais. Colhei, colhei do tempo fugitivo E de vossa belleza o doce fruto; Qu'em vão fóra de tempo he desejado.

Tractas-me como se fosse um verme. Sois acaso Napoleão o grande!? Cuidais que hei de supportal-o? Sou magistrado independente, e não recebo ordens, nem censuras senão dos superiores... De mais tendes recebido dos inferiores, mas peitas e dinheiro. Até nas enxovias e prostibulos se diz que bateis moeda! Olhai bem para mim!

Converteo-se-me em noite o claro dia; E se alguma esperança me ficou, Será de maior mal, se for possibil. Lembranças saudosas, se cuidais De me acabar a vida neste estado, Não vivo com meu mal tão enganado, Que não espere delle muito mais. De longo tempo ja me costumais A viver de algum bem desesperado: Ja tenho co'a Fortuna concertado De soffrer os tormentos que me dais.