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S'eu fugíra de ti, tu me seguiras; Por mi ardêras, não por huma ingrata, Por quem choras em vão, em vão suspiras. Respondem-me estes montes, quando chamo Por ti com triste voz; Ecco responde Das lagrimas, movida, que derramo. E tu não me respondes, nem sei onde Te leva esse desejo; mas bem sei Que amor e desamor de mi t'esconde. Ai triste Phyllis! triste! Onde acharei Remedio a tanto mal?

60 Pois a tapeçaria bela e fina, Com que se cobre o rústico terreno, Faz ser a de Aqueménia menos diria, Mas o sombrio vale mais ameno. Ali a cabeça a flor Cifísia inclina Sôbolo tanque lúcido e sereno; Floresce o filho e neto de Ciniras, Por quem tu, Deusa Páfia, inda suspiras.

Porque suspiras, porque te lamentas, Cobarde coração? Debalde intentas Oppor á Sorte a queixa do egoismo... Deixa aos timidos, deixa aos sonhadores A esperança van, seus vãos fulgores... Sabe tu encarar sereno o abysmo! Estava a Morte alli, em , diante, Sim, diante de mim, como serpente Que dormisse na estrada e de repente Se erguesse sob os pés do caminhante. Era de ver a funebre bacchante!

E tu, constante Clycie, a quem fallece A de teus amores enganosos, No louro amante, que de ti s'esquece, S'esquecem os teus olhos saudosos. Nenhum alegre estado permanece; Que são do mundo os gostos mentirosos; E á tua clara luz, por quem suspiras, Ainda agora em herva os olhos víras.

Desprezando os preconceitos Sellemos com esse amor Potente da nossa edade, Estreitando os nossos peitos, Em plena vida d'amor, Mil juras de felicidade! Que dizes, linda, pois córas? Antegosas as delicias? Suspiras rubra de pejo? Ou na tua mente infloras Esses milhões de caricias O amoroso d'um beijo?

Deixa pois tu, formosa Cytherêa, Do gentil filho e neto de Cyniras O pranto por a morte horrida e fêa. E tu, dourado Apollo, que suspiras Por o crespo Jacintho, moço charo, Por quem a clara luz ao mundo tiras;

Atravessando regiões austeras, Cheias de noite e cava escuridão, Como num sonho mau, oiço um não Que eternamente echôa entre as esféras... Porque suspiras, porque te lamentas, Cobarde coração? Debalde intentas Oppôr á Sorte a queixa do egoísmo... Deixa aos timidos, deixa aos sonhadores A esperança van, seus vãos fulgores... Sabe tu encarar sereno o abismo!

Ser teu companheiro? Não sei o caminho. Eu sou estrangeiro. Passados amores? Animas-te, dizes Não sei que terrores... Fraquinha, deliras. Projectos felizes? Suspiras. Expiras. Na cadeia os bandidos presos! O seu ar de contemplativos! Que é das feras de olhos acesos?! Pobres dos seus olhos captivos. Passeiam mudos entre as grades, Parecem peixes n'um aquario.

Envolver-te de preito enternecido, Como o de um pobre cão agradecido. Voz debil que passas, Que humilima gemes Não sei que desgraças... Dir-se-hia que pedes. Dir-se-hia que tremes, Unida ás paredes, Se vens, ás escuras, Confiar-me ao ouvido Não sei que amarguras... Suspiras ou fallas? Porque é o gemido, O sopro que exhalas? Dir-se-hia que rezas. Murmuras baixinho Não sei que tristezas...

Pois a tapeçaria bella & fina, Com que ſe cobre a ruſtico terreno, Faz ſer a de Achemenia menos dina: Mas o ſombrio valle mais ameno: Ali a cabeça o flor Cyfiſia inclina, Sobollo tanque lucido & ſereno, Floreçe o filho & neto de Cyniras, Por quem tu Deoſa Paphia inda ſuspiras.

Palavra Do Dia

stuart

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