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Penso que estou a mil leguas de minha mulher e dos meus filhos. Eu vou mandar apparelhar as cavalgaduras disse eu e vamos embora que está magnifica a noite. Não redarguiu Affonso que preciso estar a sós comtigo, uma noite. Debaixo das telhas que cobrem minha mulher os meus labios não proferem o nome de outra. Ella sabe que eu fico em Guimarães. Fallarei, e tu ouvirás, ou dormirás.

Vive uma vida simples, a vida de que os pobres se approximam, com emoção e o teu pedaço de pão negro, olhando o prodigioso mysterio, e serás feliz. Lavra o teu campo, e, nas horas perdidas, olha, prende-te á abobada do céo, ao homem, á montanha, á arvore, ao mar e ouvirás Deus em ti, sentindo atravessar-te uma frescura mais viva do que a agua das rochas.

Morreste... ah! dorme em paz! não volvas, que descrente Arrojáras de nova á campa os membros lassos... Agora, como então, na mesma terra erma, A mesma humanidade é sempre a mesma enferma, Sob o mesmo ermo céo, frio como um sudario... E agora, como então, viras o mundo exangue, E ouviras perguntar de que servio o sangue Com que regaste, ó Christo, as urzes do Calvario? Desesperança

Senhor, cartas de Hamlet; esta para vossa magestade, est'outra para a rainha. De Hamlet!! quem as trouxe? Disseram-me que uns marinheiros, eu não os vi. Estas cartas foram-me entregues por Claudio, que as recebeu do portador. Ouvirás, Laerte, o seu conteúdo. Conhece a sua letra?

E sendo aragem, eu, que pela face Te roçasse de rijo, alguma vez Que o Senhor com mais força respirasse, Que magoa immensa... Vês! E a luz do teu olhar que me não lusa Um rapido momento, a mim, sequer, Como a aguia no ar... que passa e cruza A terra sem n'a vêr! Mas que me importa a mim! Se me esmagasses Um dia aos pés o coração a mim, As vozes que lhe ouviras se escutasses, Era o teu nome... Sim!

Ha mil annos! ha mil! Que é d'ella a tua esp'rança? Ainda, como então, Amor traduz Vingança, E é o int'resse glacial das almas o sudario! Ainda, como então, víras o mundo exangue? E ouvíras perguntar: «De que serviu o sangue Com que regaste, oh Christo, as urzes do Calvario?!» Coimbra, Novembro, 1862. VARIANTE DO 2.^o TERCETO

O que tem de te succeder é irremissivelmente o seguinte: No dia do juizo final tu ouvirás na profundidade do teu estrume o canglor da enorme trombeta mais longa que a via lactea, soprada por um anjo que desde o principio do mundo terá estado a recolher no pulmão para os expellir n'esse instante, todos os estampidos da natureza, todos os bramidos do mar, todas as erupções dos vulcões, todas as quedas das catadupas, todos os estrondos reunidos do vendaval, do trovão e do raio.

Tu o verás tambem a elle, com a sua longa barba que envolverá toda a terra, o seu bigode de interminaveis nuvens grisalhas, de cujas guias, ao contacto dos seus dedos, chisparão os raios na amplidão infinita. Ouvirás a sua grande voz, cujas sylabas cairão na tua alma, a uma por uma, mais pesadas que o Monte Branco e que o Nevado de Sorata. Elle dirá: «Deram-lhe o baptismo? Não.

E repousam sem lastimas nem lousas os que viam as lagrimas das Cousas!... Por isso me ouvirás em toda a parte como um soluço e um grito vingador, n'uma alta torre, atraz d'um baluarte, entre os festins, nas convulsões do amor. Na paz, ou levantando o estandarte da guerra, escutarás a minha Dôr. Por que eu, ó mundo! guarda-o na lembrança, Eu sou a Lyra, e a minha voz Vingança!

Verás girar seus bailes clamorosos em redor das estrídulas fogueiras; ouvirás os seus cânticos em côro devoto e ennamorado.

Palavra Do Dia

esbrugava

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