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tendes ouvido compridamente, onde falamos da morte de D. Ignez, a razão por que a el-rei Dom Affonso matou, e o grande desvairo que entre elle e este rei Dom Pedro, sendo então infante, houve por este aso.

A el-rei Dom Pedro pezou d'isto muito, e seus inimigos cobraram grande esforço; e mandou n'este anno matar em Carmona, onde estavam presos, Dom João e Dom Pedro, seus irmãos, filhos d'el-rei Dom Affonso seu padre, e de Dona Leonor Nunez de Guzman: era Dom Pedro de quartoze annos, e Dom João de dezenove, moços innocentes que nunca lhe mal mereceram.

Sempre pensei que o meu nome ao menos nome dôce de mãe que te estremece seria algum tanto mais em teu coração, e esse pouco bastaria a que o meu Affonso, disposto a desterrar-se sem mais outra razão que a sua pouca força de alma, o não havia de fazer, sem me ir dar com anticipação o abraço, que eu lhe pediria nos ultimos instantes da vida.

N'este estado, privado do seu natural apoio, D. Affonso VI ainda que fosse tão corajoso e tão absoluto como foi o quinto do nome, devia fugir ou sahir do reino para não soffrer a perda da liberdade; tentou o impossivel, e quebrou pela reconhecida prevaricação e da nova e falsa casa de Bragança, que seu pai organisou em Lisboa como partido protestante para sustentar a negra e atroz usurpação: estes factos são innegaveis. O Joannes

Resolveu D. Affonso V entrar em Castella pela villa de Arronches, onde mandou reunir o exercito. Antes da marcha, e conforme prescrevia o Regimento de Guerra, não o rei, mas todos os fidalgos, que tinham de acompanha-lo, receberam a Sagrada Eucharistia, indo depois toda a hoste assistir a uma missa solemne, e sendo pelo celebrante benzida a bandeira real mettida na funda.

O conde Dom Henrique estando nas Asturias, ouviu como el-rei mandara matar sua madre, e depois Garcia Lasso, adiantado de Castella, e não ousou de estar alli, e foi-se a Portugal para el-rei Dom Affonso: e quando el-rei Dom Pedro fez vistas com seu avô em Cidade Rodrigo, como dissemos, rogou el-rei Dom Affonso a seu neto que perdoasse ao conde, e elle perdoou-lhe, e tornou-se o conde para as Asturias, não ousou de se ir para el-rei.

Disseram-lhe que D. Sancho morrera, e que por conseguinte era D. Affonso o seu natural successor. Não acreditou. Affirmaram-lhe que morrera em Toledo. Pediu para ir ver. Deram-lhe um salvo conducto, e Martim de Freitas, mettendo na algibeira as chaves de Coimbra, foi de passeio até Toledo.

Das desavenças que houve antre El-Rei D. Affonso, e as Ifantes suas irmãs, e da guerra que sobre esso se moveo

E por seu nacimento declarou logo El-Rei, sendo caso que o Principe D. João seu filho em sua vida fallecesse, a tempo que elle mesmo Rei tivesse outro filho lidimo da Rainha D. Joana sua esposa com que havia de casar, que ao dito Infante D. Affonso sempre pertencesse e viesse a sobcesão dos reinos de Portugal, e que para isso fosse logo jurado e obedecido, como depois o foi com a devida cerimonia e solemnidade, de que para uma cousa e para a outra se outorgaram e fizeram provisões e escripturas autenticas.

Tambem os tempos que precederam immediatamente o dominio hespanhol offerecem um complexo de factos que fazem pensar. Na segunda metade do seculo XV resolveu-se Affonso V a conquistar Arzilla. Aprestou trinta mil combatentes e uma frota de perto de quinhentas velas. Os esforços de Portugal para supprir uma tão poderosa expedição parece não terem sido excessivos.