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142 "Até'aqui Portugueses concedido Vos é saberdes os futuros feitos Que, pelo mar que deixais sabido, Virão fazer barões de fortes peitos. Agora, pois que tendes aprendido Trabalhos que vos façam ser aceitos As eternas esposas e fermosas, Que coroas vos tecem gloriosas, 143 "Podeis-vos embarcar, que tendes vento E mar tranquilo, pera a pátria amada."

Foi logo o conde fallar á Rainha, e lhe disse: «Senhora, os Senhores Infantes meus irmãos e eu, acordamos de eu vir a vós para sustancialmente saberdes que para concordia e bom assento dos grandes movimentos e negocios, que ora são n'estes reinos, assi do Regimento d'elles, como da cisma dos Papas e livramento do Infante D. Fernando, é mui necessario fazer-se côrtes geraes ante do saimento, ás quaes é bem que El-Rei nosso Senhor e vós vades.

E a mim, que me pareceu mau ensino, a uma senhora, dona e triste, que me tanto dava de si, negar-lhe parte de minhas tristezas, pois lh'as d'antes quisera significar, disse eu então: «Cuidae de mim, senhora, o que quiserdes; que, assim, me parece que sois desgostosa; que esta maneira é melhor que todas para saberdes a verdade da minha vida, que toda é uma longa queixa.

Mas porque alguns, ouvindo aquisto, desejarão saber que guerra foi esta, ou porque se começou e durou tanto tempo, e nós falar d'isto podiamos bem escusar, por taes coisas serem feitos de Castella e não de Portugal, pero, não embargando isto, por satisfazer ao desejo d'estes, dês ahi porque nos parece que não havendo alguma noticia das crueldades e obras d'este rei Dom Pedro de Castella não podem bem vir em conhecimento, qual foi a razão porque elle depois fugiu de seu reino e se vinha a Portugal buscar ajuda e accorro, e como depois de sua morte muitos lugares de Castella se deram a el-rei Dom Fernando, e tomaram voz por elle: porém faremos de tudo um breve falamento, começando primeiro nas cousas que advieram em começo de seu reinado, vivendo ainda el-rei Dom Affonso de Portugal, seu avô, com as outras que se seguiram depois que reinou el-rei Dom Pedro, seu tio, das quaes nos parece que se em outro lugar melhor contar não podem que todas aqui juntamente, entremettendo seus feitos com a guerra, e primeiro, das cousas que fez antes que a começasse, por saberdes tudo, em certo, de que guisa foi.

Ouvi, ó Senhora, ouvi Os suspiros de huma voz, Que quando por vós suspira, Aspira sómente a vós. Chegou finalmente a hora De saberdes quem vos ama: Rebente esta antiga chama, Que ardeo occulta atégora. Amar callando, Senhora, Assaz o fiz atéqui: As ancias, que padeci, Sejão finalmente expostas... Ah! não me volteis as costas: Ouví­, ó Senhora, ouví.

As pestanas tẽe mostrado Ser raios, que abrazão vidas: Se não forão tão compridas, Tudo o mais era pintado: Ellas me tinhão levado A alma, sem o vós saberdes, Se não forão os olhos verdes. O mimo desse carão Nem pôr-lhe os olhos consente: O ser liso e transparente Rouba todo o coração: Inda assi achareis nação, Que lhe não peze de os verdes; Mas não seja co'os olhos verdes.

Serrana, cuja pintura Tanto a alma me moveo, Dizei-me: Por qual ventura Andareis nesta espessura, Merecendo estar no ceo? Tamanho inconveniente Andar na serra parece? Pois a ventura da gente Sempre he mui diferente Do que, ao parecer, merece. Tal resposta he manifesto Não se parecer co'as cabras. Pois não vos parece honesto Saberdes matar co'o gesto, Senão inda com palabras?

«Certo hee, que ha alguns pareceraa esta minha fala escuzada, pois ha faço com paixam, que nom posso dizer has muitas mercees, e grandes beneficios que tenho feitos aho Ifante meu filho, que apoz elles nom diga hos erros, e desobediencias, e desagradecimentos, que contra mi teem cometidos, e cada dia comete, e porém ha door, que tenho em minha alma, e ha sanha que encende ho meu coraçam, são tamanhas, que me forçam meu proprio sizo, pera que has nom possa encobrir, e dellas me fazem que vos diga algumas, aho menos pera saberdes minha fortuna, e minha desculpa, e sobresso procurardes, e dardes ha esto algum remedio, e concelho pois eu jaa nom sei, nem posso.

De dia dormem escondidas no calice das flôres, ou no seio dos lagos, ou nas folhas das arvores; mas, quando soam Trindades, eil-as a esvoaçar no ambiente, e é o bater das suas azas, o chilrear das suas vozes, que produzem esses ineffaveis murmurios que vos encantam e que vos fazem até cair, sem saberdes por quê, n'uma doce melancolia.

Ate qui, Portugueſes, concedido Vos he ſaberdes os futuros feitos, Que pello mar, que ja deixais ſabido, Virão fazer barões de fortes peitos: Agora, pois que tendes aprendido Trabalhos, que vos fação ſer aceitos Aas eternas eſpoſas, & fermoſas, Que coroas vos tecem glorioſas.

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