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Se bem de teruos presente hera a gloria e dita tanta, que a presente ausencia chora quem os futuros chorâua. Vos que tanto â vossa conta tomastes a nossa causa; que se nam sentem as custas vincendo vôs a demanda Vos que pello bem comum deixais o logro da patria porque ella consiga ditas posto que sinta as distancias

Vós me tirastes do meu peito isento O pensamento honesto e repousado, Ja dedicado ao côro de Diana; Vós n'huma ufana vida me puzestes, E alli quizestes que gozasse o dano Do doce engano, que se chama amor, Com cujo error passava o tempo ledo: E vós tão cedo me tirais hum bem, Que Amor ja tem impresso n'alma minha, Despois qu'a tinha envolta em esperanças; E com lembranças tristes me deixais?

Ate qui, Portugueſes, concedido Vos he ſaberdes os futuros feitos, Que pello mar, que ja deixais ſabido, Virão fazer barões de fortes peitos: Agora, pois que tendes aprendido Trabalhos, que vos fação ſer aceitos Aas eternas eſpoſas, & fermoſas, Que coroas vos tecem glorioſas.

142 "Até'aqui Portugueses concedido Vos é saberdes os futuros feitos Que, pelo mar que deixais sabido, Virão fazer barões de fortes peitos. Agora, pois que tendes aprendido Trabalhos que vos façam ser aceitos As eternas esposas e fermosas, Que coroas vos tecem gloriosas, 143 "Podeis-vos embarcar, que tendes vento E mar tranquilo, pera a pátria amada."

As súpplicas justas Logo despachais Com mercês, e graças, Bemdito sejais. Para nos ouvir Sempre pronto estais, Sempre favoravel. Bemdito sejais. Do Pae os Thesouros Com mãos liberais Vós os despendeis, Bemdito sejais, Nenhuma riqueza no Ceo deixais, Em vós estão todas, Bemdito sejais, Como vós sois tudo Quanto a nós vos dais, Tudo recebemos, Bemdito sejais.

A ser como sohia, Pudera levantar vossos louvores; Vós, minha Hierarchia, Ouvíreis meus amores, Qu'exemplo são ao mundo ja de dores. Alegres meus cuidados, Contentes dias, horas e momentos, Oh quanto bem lembrados Sois de meus pensamentos, Reinando agora em mi duros tormentos! Ai gostos fugitivos! Ai gloria ja acabada e consumida! Ai males tão esquivos! Qual me deixais a vida!

Formosos olhos, que cuidado dais Á mesma luz do sol mais clara e pura; Que sua esclarecida formosura, Com tanta gloria vossa, atraz deixais; Se por serdes tão bellos desprezais A fineza de amor que vos procura, Pois tanto vêdes, vêde que não dura O vosso resplandor quanto cuidais. Colhei, colhei do tempo fugitivo E de vossa belleza o doce fruto; Qu'em vão fóra de tempo he desejado.

Todavia, fomos mais longe ainda; quizemos sacrifical-os aos deuses... «Que crime tinheis cometido, ovelhas inocentes, rebanhos tranqùilos, que dais aos homens um nectar delicioso, que para os cobrir vos deixais despojar do vosso manto e que enfim lhes sois mais úteis quando vos deixam viver do que quando vos matam?

«Deus vos mantenha, donzella E o vosso cortez fallar: Por éstas terras de moiros Quem tal soubera de achar! «Por vossa tenção, donzella, Uma reza heide rezar Aqui ao-pé d'esta fonte, Que não posso mais andar. «Oh! que fresca está a fonte, Oh! que sêde de matar! Que Deus vos salve, donzella, Se aqui me deixais sentar.» «Sente-se o bom do romeiro, Assente-se a descansar.

Fizestes nascer a fome, E a fome pede mantença; Se a deixais entregue a mim, Póde morrer á nascença; A vossa filha amparai; Não he de peitos honrados Pôr as suas Creaturas Na Roda dos Engeitados. Em soando as duas horas, Sabei que esta cara minha Tem longos, ávidos olhos, Fitos na vossa Cozinha; Eu não vou, porque inda fraco, Indo arrostar ar delgado, Antes de matar a fome, Morreria constipado.

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