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Quem será que moe estas farinhas d'oiro Com a de jaspe que anda alem no ceo!... Novembro de 1888. Que alegrias virgens, campezinas, fremem N'este imaculado, limpido arrebol! Como os galos cantam!... como as noras gemem!... Nos olmeiros brancos, cujas folhas tremem, Refulgente e novo passarinha o sol!... Pela estrada, que entre cerejaes ondea, Uma pequerrucha, tro-la-ró-la-rá!

Cumpria, que a Amizade suppridora Instantes affagasse amargurados, Mesmo d'entre os negrumes do Destino Tirasse hum riso a furto. Infelizes de nós, se não restasse No fundo d'alma, de sofrer cansada, Divino não sei que, que aos males todos Nos torna sobranceiros. Eia, pois ao porvir se appelle, Elmano, Fonte de gostos, ideaes amenos, O Fôlego alargando ao soffrimento, Leda Esperança ondêa.

Eis o Tempo, o Universo, o Movimento Das mãos sáe do Senhor: Surge o sol, banha a terra, e desabrocha Uma primeira flor: Sobre o invisivel eixo range o globo: O vento o bosque ondêa: Retumba ao longe o mar: da vida a força A naturesa ancêa! Quem, dignamente, oh Deus, ha-de louvar-te, Ou cantar teu poder?

Em trevas não ficou silenciosas O sagrado recinto: os candieiros, No gelado ambiente ardendo a custo, Espalham debeis raios que reflectem Das pedras pela alvura; o negro mocho, Companheiro do morto, horrido pio Solta da cornija; pelas fendas Dos sepulchros deslisa um fumo espesso, Ondêa pela nave esvái-se: um longo Suspiro não se ouviu!

Alli corria Minha mente, qual vaga a mente do homem, Que em febre ardente desvairou por sonhos, Onde se ajunctam troços de existencias, Em nebuloso quadro; ou como ondea, Entre a esperança e o susto, o moribundo, A quem do passamento o véu cinge A amarellada fronte, e a quem pesam Sobre os olhos as palpebras, que affrouxa Do anjo da morte o resonante grito.

Venus não chega Ao meu Amor. Vasta campina De trigo chêa, Quando na sésta C'o vento ondêa, Ao seu cabello Quando flutua Não he igual. Tem a côr negra: Mas quanto val! Os astros, que andão Na esfera pura, Quando scintilão Na noite escura, Não são humanos, Tão lindos, como Seus olhos são. Que ao Sol excedem Na luz que dão.

He gentil, he prendada a minha Altéa; As graças, a modestia do seu rosto Inspírão no meu peito maior gosto, Que vêr o proprio trigo quando ondêa. Mas vendo o lindo gesto de Dircéa A nova sugeição me vejo exposto; Ah! que he mais engraçado, mais composto, Que a pura Esfera de mil astros chêa.

Palavra Do Dia

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