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Quando, no quintal fronteiro á botica, as gallinhas se recolhiam á capoeira, não vos parecia ver passar d'envolta com ellas as sombras venerandas dos vossos avós, aconselhando-vos o regresso a casa?! Netos degenerados, as cinzas dos vossos antepassados tremem de indignação, não vos sentindo ressonar ás oito horas da noite... Horror! Fataes consequencias do progresso!

Seriam capazes de desafiar carrascos e diabos; e não ousariam encarar o desprezo do amigo, do visinho, do estranho, do transeunte, do mendigo; não lhes faz grande mossa a ignominia diante de sua mãe ou de seus filhos, e tremem de se vêr baralhados com creaturas devassas que são máos sem repugnancia, e medram no mal como em seu nativo elemento.

O campo de batalha sorri-lhes, o inimigo revolta-lhes as iras concentradas, e são leões, atiram-se, atiram-se ferozmente sobre a metralha adversa. Nem sua magestade o canhão Krupp os intimida, nem os joelhos lhes tremem á vista do adversario. Que valentões! que valentões... Ai! querida minha, que se não fossem as mulheres, tu serias mais feliz e respeitada.

Descendo os degraus da escadaria á pressa, emquanto o intendente da policia se emparedava e calafetava no gabinete secreto, o duque de Abrantes atravessa intrepido por meio das ondas revoltas do povo, rompe pelo centro d'ellas até á egreja, corre á sacristia, e á força de estimulos e persuasões consegue arrancar d'aquelle asylo pouco seguro o prelado e os sacerdotes, que tremem de medo, e que julgam chegada a sua ultima hora.

No fim do corredor apercebem-se os vãos de duas escadas interiores, cujas vigas e degraus carcomidos tremem de velhice. Uma fenda larga racha ao meio a grossa parede, que as divide. Duas portas com travessas cerram a entrada das escadas, lançadas dos lados em ramos divergentes para o andar de cima. Empurremos agora as taboas mal juntas de outra porta, que nos veda a vista, e adeantemo-nos.

Á voz das legiões rotas, sombrias, Desabam pelo mundo as monarchias... Tremem os graves bispos... e depois... Que mais farão? perguntam, desolados, Vão ser, inda, depois, crucificados Os deuses e os heroes!

Mas escutam-se ao longe alguns queixumes, Mas um grande alvoroto se aproxima, E parece que a aurora desanima, Que os doces rouxinoes tremem de susto, E pende a Naturesa o roseo busto! Quem é que vem então por essa estrada, Quando apenas desperta a madrugada? Que significa pois tanto tropel, Que quer dizer a angustia tão cruel Que pulsa ahi no seio universal?

Quem será que moe estas farinhas d'oiro Com a de jaspe que anda alem no ceo!... Novembro de 1888. Que alegrias virgens, campezinas, fremem N'este imaculado, limpido arrebol! Como os galos cantam!... como as noras gemem!... Nos olmeiros brancos, cujas folhas tremem, Refulgente e novo passarinha o sol!... Pela estrada, que entre cerejaes ondea, Uma pequerrucha, tro-la-ró-la-rá!

Andam da inspiração no grave imperio O Brandãosinho, lyrico profundo, E o Leonardo, de genio furibundo, Que de ouvir-lhe a voz treme o hemispherio. O Jorge Gomes e outros luminares, João Pinto, Luciano, andam nos ares Como o Padilha interrogando estrellas... Sonham foguetes, córos, reinações, Mas tremem de pavor e em orações Rogam ao Deus das chuvas e procellas...

Uma indole branda, docil, fraca, um d'estes seres nervosamente delicados, que tremem ao verem-se sós, cheios de poeticas superstições, que tenha a dissipar; que se lhe apoie ao braço, como se n'elle encontrasse a coragem que não sente em si, e que, ao mesmo tempo, domine pela fraqueza e pela doçura, domine sem consciencia do imperio que exerce e sem vaidade, portanto; um caracter d'estes é que deve procurar para salvar-se; d'elle pode esperar a realisação da vaga ideia de felicidade, que todos concebem na vida.