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A razão desta decadencia he bem conhecida. Em quanto havião matas virgens á borda do mar, ou de muitos rios navegaveis, que entrão algumas legoas terra dentro, a lavoura se fazia com facilidade, e com a mesma se conduzião as farinhas ás costas dos escravos, e de poucos animaes para os pórtos de embarque.

E, alegremente, esvoaçam na levada alvas farinhas, bailando o seu delírio sob os colmos que protegem a azenha sonorosa. E, ardentemente, o brazido dos fornos vigilantes fabrica no seu fogo o doce pão que, quando alvorecer, nos reanime para seguirmos na terra essa jornada da via dolorosa, via ingrata.

Esta verdade, que tem sido provada em muitos Paizes, confórme os Abbades Rosier, e Tessier, grandes escritores, e Mestres desta Sciencia, não deixa de ser lastimosamente comprovada neste Paiz, que sendo, em outro tempo, abundante de farinhas, unico commercio, que fazia para a Capital, hoje se reduzido á ultima miseria de sorte, que a exportação, que presentemente se faz para a Bahia, deste genero tão necessario, he, para a que se fazia em outro tempo, como de 1 para 1000.

Assim pois, se a tal «travessa que vai para a rua das Farinhas», do Tombo Pombalino, não era, como, de facto, não parece ter sido, a «rua do Crucifixo», do Summario de Christovão, ainda existente, e conhecida por esta denominação em 1712, como se mostra na Corografia de Carvalho da Costa, e se não era, portanto, nella que Manoel João estava arrolado, tudo que se póde concluir, é que o nosso impressor teve a sua officina no territorio da freguezia de S. Christovão, e numa via pública muito proxima á séde da parochia, mas para o N. do territorio desta.

Portanto, tudo quanto se colhe de similhante informação, sem nada adiantar ao nosso proposito, é que este sitio soffreu, em epoca não facil de determinar, ainda que não estejâmos longe de fixa-la de 1756 para diante, consideravel alteração. Hoje, rua que comece de S. Christovão para S. Lourenço, apenas conhecemos todos uma; a rua das Farinhas, á qual o auctor do Summario, ou quem para elle escreveu esta parte do livro, chama «Rua das Farinheiras». Poderia, porém, ter-se em consideração que no terreno que fica entre a parochial de S. Christovão e a garganta por onde se penetra na rua das Farinhas, e é denominado «rua de S. Christovão», haveria modo de existir nas eras remotas que nos occupam, qualquer viela que, embebendo-se em outra similhante, déssem ambas as «duas ruas que começam de S. Christovão para S. Lourenço», segundo o abreviado modo de exprimir-se dos lançadores da imposição.

Aquelle baluarte, entreposto nos lanços do norte da cêrca velha da primitiva Lisboa, foi aproveitado pelos constructores da cêrca de D. Fernando, para lhe apoiarem no paramento o arco do postigo que tomou aquella denominação, tambem conhecido por «Postigo da Rosa», depois da fundação do mosteiro da rua das Farinhas.

Este neto dos Ferreiras Eças, e dos remotos castellões de Riba d'Ave, é hoje em Cassengo, na Africa, negociante de café, de marfim, de gommas, de farinhas, etc.

Em Lisboa tinha eu encommendado na Confeitaria Ultramarina 24 caixas, das mesmas dimensões das malas, contendo, em latas cuidadosamente soldadas, chá, café, assucar, hortaliças secas, e farinhas substanciaes. Hoje devo aqui lavrar um alto agradecimento ao S^{nr.} Oliveira, proprietario da mesma f

Os póvos humildes por sua natureza, e pela creação mui grosseira, se não animão a procurar melhoramento, não pela pequenhez do seu animo, como por lhes faltarem os animaes necessarios, para conduzirem de mais longe as suas farinhas. A falta de açougue he outro obstaculo.

Nas tres legoas, da borda dos rios para dentro, estão as boas terras de lavoura de mandiocas, que pela sua grande producção, se os Lavradores se animassem a entrar, tendo abundancia de animaes para transporte das suas farinhas, como se na ribeira de Nazaré, farião renascer a abundancia deste genero tão precioso neste paiz.