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De norte a sul, em todos os recantos d'este velho torrão portuguez, o edificio social escaliça e range, como se houvesse caído sobre elle uma d'essas biblicas maldições que imprimiam o cunho de uma irremissivel fatalidade. As forças vivas do paiz vão esmorecendo n'um deploravel abatimento. Definha o commercio; retrae-se a industria; a agricultura seccar os peitos uberrimos.

Por isso vão ás vezes, ás escondidas, a um beco escuro e immundo que lhes ensinou não se sabe quem, uma criada quasi sempre, trepar por uma escada que range e verga, bater a uma porta carunchosa e perguntar pela senhora fulana, a senhora dona fulana de mais a mais, um diabo de velha com bigodes, ou uma grande verruga no queixo, que traz para ali um pires com agua e a lamparina da noite com azeite, resa um credo em cruz em cima do pires que tem agua, e molha no azeite o dedo minimo da pessoa, dizendo tres vezes o nome d'ella e resando: Deus te fez, Deus te creou, Deus te desolhe De quem mal te olhou.

Eis o Tempo, o Universo, o Movimento Das mãos sólta o Senhor: Surge o sol, banha a terra, e desabrocha Sua primeira flor: Sobre o invisi­vel eixo range o globo: O vento o bosque ondeia: Retumba ao longe o mar: da vida a força A natureza anceia! Quem, dignamente, oh Deus, ha-de louvar-te, Ou cantar teu poder?

Eis o Tempo, o Universo, o Movimento Das mãos sáe do Senhor: Surge o sol, banha a terra, e desabrocha Uma primeira flor: Sobre o invisivel eixo range o globo: O vento o bosque ondêa: Retumba ao longe o mar: da vida a força A naturesa ancêa! Quem, dignamente, oh Deus, ha-de louvar-te, Ou cantar teu poder?

Tudo parece o mesmo, e, todavia não sei que invisivel e indiscreto delator logo revela aos olhos, que o infortunio e as magoas não humedecem de suas lagrimas aquellas paredes, aonde se respira conforto e alegria. Soam passos e vozes na rua mais proxima do jardim. A areia range debaixo dos pés de tres pessoas, que se encaminham lentamente para a meia laranja rasgada deante da escada de pedra.

A maneira de dormir deve ter n'isto influencia. Cama desengonçada e velha, que verga e range, ameaçando queda; a porta do quarto cheia de fendas; por cima da cabeça da gente os ratos a passear no sotão, saltando, roendo; depois, o dormir de boca aberta, com a lingua de fóra, de bruços... Como ha de ter sonhos felizes e côr de rosa um estafermo n'essas condições?

Quantas vezes presága a mente do homem Véla como um propheta, em quanto o somno Seus membros prende; E como, em trevas de amargosos dias, No porvir uma luz, prevista em sonhos, Grata se accende! Nos gonzos ferrugentos range a porta Do tugurio do pobre adormecido, E descuidado; Que do mendigo o umbral patente é sempre, Nem carece de estar, como o do rico, Aferrolhado.

mas ninguem sequer presume que o meu coração expira na mortalha do ciume. *Na floresta* Conversa nos abetos a bafagem, Nas franças range o vento compassado E á matilha esquivando-se um veado Pasma de vêr no bréjo a sua imagem. Que rumor tão subtil, que doce agrado, Poesia terna e perfida, selvagem, Em que os echos se arrastam na folhagem Entre doceis de musgo avelludado.

Do veterano as faces O salso pranto réga: Nos africanos montes Saudoso os olhos préga. Sente no seio as ancias D'incomportavel dor, E ás vezes range os dentes Em trances de furor. Um cantico á su' alma A indignação inspira: Vai sussurra-lo ao longe Aura que branda espira.

Palavra Do Dia

líbia

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