United States or Comoros ? Vote for the TOP Country of the Week !


Ora pois, o nosso Camões, creador da epopea, e depois do Dante da poesia moderna, viu-se atrapalhado; misturou a sua crença religiosa com o seu credo poetico e fez, tranchons le mot, uma semsaboria. E aqui direi eu com o vate Elmano: Camões, grande Camões, quam similhante Acho teu fado ao meu quando os cotejo! Vou fazer outra semsaboria eu, n'este bello capitulo da minha obra-prima. Que remedio!

Estes eram os que divulgavam, como ridicula, a confidencia do sapateiro; e nunca lhe perdoaram ter elle na sua sala, impressa em pergaminho, e encaixilhada em retabulo dourado, a estrophe do epicedio a Elmano, por Francisco Manuel do Nascimento, que dizia assim em linguagem de anjos: «ELMANO! oh! VATE! A abelha em teu moimento, Sempre o seu mel componha!

Moniz! oh puro Amigo: oh Socio! oh Parte Do ditoso Elmano! Ás Musas, como a mim, suave, e caro! Sem, por mim suspirem. Bocage Em Lucena, e em outros Quinhentistas de summo apreço, vem sobejar por exceder.

Sim, ás contínuas súpplicas de Lysia, Como que o Fado a fronte desenruga; Brado, macio , como que intenta Deferir-lhe propicio. Ah! e quanto, inda assim oppresso, enfermo, Quando me affronta, me assoberba Elmano! Seu Estro sempre o mesmo, sempre em chammas, Raios me vibra intensos.

Sem luz o Triste, e sôfrego da alhêa, Razões fallaces imagina, e trama; Porém, risonha, não desmaia a Fama Q'entre os Luzeiros immortaes vaguêa: Não eu assim, que, atónito, e curvado, Teus sons adóro, magestoso Elmano, Pelos Salões Febêos extasiado! Vate, crédor do Século Romano! Digno Daquelle, a cuja sombra, e lado Cantava outr'ora o Cysne Mantuano! Por D. Gastão Fausto da Camara Coutinho.

Ah! Se a vozes de dor se move a Parca, Se do Destino as leis transtornos soffrem, Verás, Elmano, decorrer teus dias A par dos de Nestor, Tu, que o semelhas No mel, que vertem teos divinos labios. Lysia, desfeita em ais, banhada em pranto, Ante as aras de hum Deos mil preces sólta Pela conservação do seu esmalte, Do seu Genio melhor, da Gloria sua, E aos de Lysia Filinto une os seus votos. Fr.

Que tens, Elmano? Que fatal desgosto Banha de tristes lagrimas teu rosto? Tu, que, ainda ha brevissimos instantes, Te acclamavas feliz entre os Amantes, Logrando mil carinhos, mil favores De Urselina gentil, dos teus Amores, Vens tão choroso, tão afflicto agora! Ah! Conta-me a paixão, que te devora, Das ancias tuas o motivo explica: Communicado o mal, mais brando fica. Ai de mim!

Croado de Cypreste o Desengano, O meu nada me agoira... ó dor! mais forte Do que em seu gráo supremo o esforço humano! Chorai, Piedade, e Amor, tão triste sorte, Chorai: longe de Anália expira Elmano; Os que a Ternura unio desune a Morte.

A repetição d'estes brindes abriu, no animo generoso e popular do poeta, as portas á confiança timida do artista. Francisco Lourenço teve a honra de almoçar com Bocage no botequim das Parras, e d'aqui sairam juntos a jantar n'uma horta do Campo-Grande, onde Elmano, fiel aos seus usos e costumes, bebeu á tripa fôrra, e poetou, consoante o auditorio lhe beliscou a musa escandecida.

+Pede-se um Bocage para a associação dos caixeiros+ Paulo, que é rapaz escrupuloso, Diz que não quer apresentar retrato Ou seja bom ou mau, caro ou barato, Nas festas que prepara cuidadoso. Cousa menos que um busto é desacato!... «Um busto em corpo inteirogrita ancioso... E vae, falla a um gallego talentoso Para servir de Elmano com recato. Para fazer de Poeta, outro Poeta!

Palavra Do Dia

stuart

Outros Procurando