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Um dia ao vêr que batiam em Sofia diz-lhe: E se nós nos matassemos? Calla-te! calla-te! Sabe a menina? Eu não sei que tenho, não me importo de viver. Perdi o amor á vida. Olhe para o meu corpo. não tenho senão ossos. Porque será que a gente muda? Diga-me: é p'ra amor do velho que se não quer matar?

Deixava um de comer, fingindo-se farto, para que o outro tivesse mais pão; se qualquer adoecia, os outros nem dormir podiam, e um dia a mulher emfim tombada, inutil, sem poder erguer-se, chamou Sofia para lhe dizer baixinho: Olha se cuidas de teu pae. Nunca o abandones. Foi sempre um santo. Desde então ninguem mais lhe arrancou palavra.

Não se assuste, Natalia Dmitrievna, passo muito bem sem o tal seu chocolate de dois kopeks cada pau. Eu, quando me appetece beber seja o que fôr, em minha casa não falta, graças a Deus; tomára a senhora! Bem se ! observa a Natalia Dmitrievna. Ora vamos, Sofia Petrovna, exclama Maria Alexandrovna, afogueada de despeito, que é que tem? Socegue!

A que feliz acaso serei eu devedora de se ter lembrado de mim, minha preciosa Sofia Petrovna? Encantadora surpreza! A Zina deitou a fugir.

Deixal-o ter! exclama a Mouca. Envelhecei pobres e vereis! vós vereis!... ameaça a patroa pondo-se de . O quê senhora? Para sempre, traz-se para sempre uma pedra no coração sem se poder arrancar. Então para que nasce a gente? para soffrer? pergunta Sofia. . A este mundo vem-se para soffrer. Ah!... Enganae-os. Tratae do ganho, de juntar, de juntar muito dinheiro. O resto tudo é fingido...

A filha, do Gebo, Sofia, é alta, curva, cansada, e tão cheia de resignação que parece morta; outra, Luiza, a quem chamam a Asylada, quasi não fala. Olha soturna, com os negros cabellos violentos todos soltos e a physionomia empedrada de magoa. Ao fundo divide a casa um corredor com cubiculos. Ás vezes, altas horas, tudo sereno, ouve-se na escuridão um ruido de choro suffocado.

Ia a mãe deitar-se e Sofia, até ahi silenciosa, dizia erguendo-se: Pae não se afflija. Eu não, filha, eu não. Aquillo é genio, coitada. Ella tem razão, tem soffrido muito. Vae tu tambem p'ra cama. um beijo... Assim. Eu fico com a escripta. Muito boa noite. Sósinho o Gebo scismava muito tempo, olhando a luz.

E o Gebo d'olhos postos em Sofia, embevecido, sabia dizer, n'uma voz molhada de lagrimas: A minha filha! a minha pobre filha!... Fazia falta a mulher, que o atirava para a vida, e muitos dias, sem um exaspero, sem um grito, embrulhado nos farrapos, quieto na enxerga, elle era como uma bola de gordura, d'onde corria um ruido de choro resignado e triste.

Que mal fizera elle a Deus e aos outros, para assim ser castigado sem tregoas, com a fome e o frio e a sua filha desgraçada? E nem na propria casa o Gebo descansava. Eram infindaveis os ralhos e os gritos. Sofia, linda e triste, pela sua resignação lhe dava animo. Se não fosse ella, seria tão bom morrer!... Os seus amigos estavam ricos e seccos como as fragas.

A coronela Sofia Petrovna Farpukhina apenas suggere moralmente o tipo da pêga. Quanto ao phisico, participa antes do pardal.

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