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Está claro... não se enganou... e estimo muito... muito... diz o principe sem perceber palavra d'aquillo de que se está tratando. Maria Alexandrovna, no intuito de melhor dispôr o seu lance, toma o folego e põe-se a examinar todo o auditorio, todos á uma a escutál-a com ávida e inquieta curiosidade.

Mas qual não é o seu espanto, deixem-me assim dizer, quando vem ter com ella o Mozgliakov e lhe declara, que sente muito, mas que se vae retirar immediatamente! Aonde é que vae, então? indaga ella, com simpatia. Eu lhe digo, Maria Alexandrovna, enceta o Mozgliakov atrapalhado, aconteceu-me um caso um tanto esquisito... Nem sei até como lh'o diga... Mas, pelo amor de Deus, dê-me um conselho.

Nastassia Petrovna, avie-se... o chá! E Maria Alexandrovna n'uma azafama, toda ella. A Anna Nikolaievna mandou saber noticias; a Aniutka, a creada, até veiu pedir informações á copa. Ha de estar como uma bicha! disse a Nastassia Petrovna, investindo com o samovar.

E d'ahi, é possivel, insiste a Felissata Mikhailovna. Está... c-claro!... é po... pos-possivel, murmura por sua vez o principe. Pois tambem elle! Elle! Santo Deus! Maria Alexandrovna enclavinha as mãos. Não se desconsole, Maria Alexandrovna! Lembre-se de que os sonhos é Deus que os manda!

Mas, se Maria Alexandrovna tem sido a propria a arguir-me de semelhantes relações! Tudo era dizer-me que era um mujik, parente de taberneiros e agentes de negocio! Ah! meu amigo, quanta coisa se diz sem pensar! Tambem sou sujeita a enganar-me. Não me tenho na conta de infallivel.

E se soubesse, principe, prosegue a meia voz Maria Alexandrovna emquanto Zina se approxima do piano, com aquelle seu andar, lento e cadenciado, que põe num sobresalto o jarreta, e se soubesse a que ponto é amoravel, como é carinhosa para commigo! Que coração! Que sentimentos! Está claro! Sentimentos!

A Zina, morrendo por pôr ponto a tão penosa scena, estende ao principe a linda mão, e faz esforço para sorrir. O principe agarra respeitoso n'aquella mão e por pouco a não come com beijos. Agora, sim, agora é que eu principío a viver!... Zina! diz com solemnidade Maria Alexandrovna: é o mais delicado, o mais nobre dos homens! Um cavalleiro da edade média!

Aqui, vem ao pintar umas palavras a respeito de Aphanassi Matveich, marido de Maria Alexandrovna.

Deteve o principe no acto d'este estar á porta da casa da sua rival, e a despeito de tudo, a despeito até das objecções do proprio Mozgliakov, receoso de um escandalo, atirou com o ginjinha para dentro do trem. Era n'isto exactamente que Maria Alexandrovna levava as lampas ás suas rivaes.

Dado o caso de que elle rejeite, está a mãe para o acceitar em nome d'elle, responde Maria Alexandrovna sentindo que conseguiu acertar-lhe com a corda sensivel. Acceitará sem que elle proprio o saiba. Dentro em pouco deixará de precisar seja do que fôr. Indaguei a seu respeito, ha dias, do Kalist-Stanislavitch... Pois sou a primeira a interessar-me pelo pobre rapaz, tambem tenho coração, Zina!