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Vem-se rosas e boninas, Olhos, nesse vosso ver; Vem-se mil almas arder No fogo dessas meninas. E di-lo-hão minhas dores, Meus suspiros e meus ais; E dirão mais, que os amores Morão onde vós morais. Quem se confia em huns olhos, Nas meninas delles vê Que meninas não tẽe fé. Voltas. Quem põe suas confianças Em meninas sem assento, Offereça o soffrimento A duzentas mil mudanças.
Deixal-o ter! exclama a Mouca. Envelhecei pobres e vereis! vós vereis!... ameaça a patroa pondo-se de pé. O quê senhora? Para sempre, traz-se para sempre uma pedra no coração sem se poder arrancar. Então para que nasce a gente? Só para soffrer? pergunta Sofia. Só. A este mundo vem-se para soffrer. Ah!... Enganae-os. Tratae do ganho, de juntar, de juntar muito dinheiro. O resto tudo é fingido...
O canto de madrugada soffre uma parada longa: de repente sôa muito ao longe o grito do macauán: responde-lhe o padre; vem-se approximando o passaro com pios cada vez mais proximos, e, afinal, começão as suas revelações ao sacerdote. Essa scena não deixa de impressionar, pois a imitação do cantar do macauán ao longe e successivamente mais e mais perto, é feita com toda a perfeição.
E esta exposição não está a abarrotar de exemplares, mas toda ella comporta coisas lindas e boas. Ao sahir d'ali, vem-se sob a impressão sincera de que tudo aquillo é nosso, e muito nosso. Vem-se tão bem disposto, que se fica com o desejo de lá voltar muitas mais vezes. Mais uma visita ao Atelier de ARTHUR LOUREIRO
Em fim, de vivos, Da voz, do respirar o som confuso Vem-se verter no sussurrar das praças, E pela galilé só ruge o vento.
As plantas bebem-n'a, as flores abrem-se tontas e escondem gotas nas corollas; vêm-se crescer as pequeninas folhas verdes como se inchassem e os gommos tingidos de resina estalam, abrem, com um ruido suffocado ah!... Tudo fica baço a principio, a terra molhada é d'um negro gordo; um fremito corre nas folhas tenras... Depois, como um veo que se rompe, o sol começa de novo a correr.
Eu ter entre as mãos uma vida e vel-a finar-se!... E eu que tinha pena de ti!... O Gabiru reflecte. A noite é espantosa. Toda a lua se desfaz em luar e, no silencio branco, vem-se da trapeira, os montes, o mar e as arvores, com fórmas de sonho. Pobre de ti! diz por fim o philosopho Tu és a terra, tu és a terra a falar... Tu és só terra. Eu não vivi?
N'outros logares, porém, vêm-se rebanhos pastando silenciosamente, plantações verdejantes, casas de campo, postes de correio, em cujas portas destacam-se em caracteres maiusculos as palavras Post office. O povo parece viver satisfeito no meio de suas plantações e de seu gado, entregue á cultura e á creação.
Se isto se demora mais quinze dias, vem-se a descobrir tudo, dizia ella, choramigando, a Amaro. Paciencia, filha. Não se póde forçar a natureza... O que tu me tens feito soffrer! suspirava ella, o que tu me tens feito soffrer! Elle calava-se resignado muito bom, muito terno agora com ella. Vinha-a vêr quasi todas as manhãs, porque não queria pelas tardes encontrar o abbade Ferrão.
Alli lhe mostra o campo várias côres; Vem-se os ramos pender co'o fructo ameno; Alli se affina o canto dos pastores. Alli cantára Tityro e Sileno. Emfim, por estas partes caminhou A sãa Justiça para o ceo sereno. Ditoso seja aquelle que alcançou Poder viver na doce companhia Das mansas ovelhinhas que criou!
Palavra Do Dia