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Occasionou-se-me então o ensejo de observar que o senhor D. Miguel de Bragança, bem que malsinado de frasqueiro e muito dado a damarias, não deixára filhos illegitimos reconhecidos, ou sequer suspeitos: d'onde eu inferia que a calumnia superfluamente lhe encarecêra os vicios, não querendo imputar-lhe sómente á descultura do espirito e aos ruins companheiros da mocidade os funestos casos do seu reinado.
Nascimentos Sexo Masculino Districtos Legitimos Illegitimos Total Angra 878 245 1:123 Aveiro 4:029 Beja 2:514 Braga 4:650 Bragança 2:846 Castello Branco 2:754 Coimbra 4:199 Evora 1:771 Faro 3:592 Funchal 2:392 Guarda Horta 860 Leiria 2:650 Lisboa 5:484 2:227 7:771 Ponta Delgada 2:422 Portalegre 1:806 Porto 7:102 Santarem 2:936 Vianna do Castello 2:601 Villa Real 3:684 Vizeu 5:960 6:362 2:472 67:602
Além de illegitimos, continuava sem se perturbar, os filhos de D. Ignez de Castro tinham tomado armas contra a patria; e este argumento, proprio a impressionar os leaes, pesou, mas não os decidiu. Então o doutor lançou mão das reservas e venceu. Apresentou as bullas, nas quaes o papa recusára acceder aos pedidos do rei D. Pedro para a legitimação dos filhos. Podia haver prova mais solemne?
A mãe demorou-se com a filha alguns mezes, fez-lhe doação da quinta de Azeitão revindicada de illegitimos possuidores, estabeleceu-lhe abundantes recursos, e voltou para a provincia, onde tinha filhos na primeira infancia.
Não disputarei com v.. sobre os successos de Roma nos ultimos tempos. Cada qual póde vê-los á luz que julgar verdadeira. Ao que, porém, eu tenho jus é a averiguar se é exacta a proposição absoluta de v.., de que o futuro da igreja é muito sabido, claro e indisputavel para os catholicos. Por este modo v.. parece excluir-me do gremio do catholicismo, porque hesito sobre o seu futuro. Advertiu acaso v.. em que a proposição assim absolutamente enunciada, conduziria ao impossivel? O que é certo, sabido e claro para a igreja, e para cada um dos seus membros, é que ella será perpetua, indestructivel. Mas por quaes phases tem de passar; se a esperam dias serenos, se dias de tribulação; se acres resentimentos, imprudentemente preparados, virão ou não como a procella despir a folhagem, lascar os troncos da arvore eterna do christianismo, eis o que nem a igreja, nem eu, nem v.. sabemos. Está acaso v.., que eu creio profundamente catholico, habilitado para me dizer de um modo certo e claro, se a idea revolucionaria da Italia apodreceu para sempre encharcada no sangue que as balas e bayonetas francesas e austriacas derramaram á voz da curia romana? Se a politica das masmorras, dos desterros, da compressão inexoravel, preferida á politica evangelica da tolerancia, do perdão das injurias, da caridade sem limites, poderá varrer para sempre dos animos italianos o odio do dominio estrangeiro (quer directo quer indirecto) e o amor da liberdade politica? Esse odio e esse amor póde v.. julgá-los legitimos ou illegitimos: não disputarei sobre isso. Mas que elles não existam; que elles não possam triumphar algum dia, eis o que v.., por certo, não affirmará com a mão na consciencia. E nessa hypothese, quem saberá dizer até onde chegarão os excessos da colera e da vingança, azedadas pelo padecer, e até certo ponto legitimadas por elle, se legitimidade se póde dar em taes sentimentos? Parece-me que ao homem catholico é licito imaginar, sem que por isso vacille a sua fé ácerca da perpetuidade do catholicismo, que a igreja se entristece, ou deve entristecer, aterrada pelo porvir; é licito suppôr que as lagrymas dos seus futuros martyres vem já de antemão cair-lhe ardentes sobre o seio materno. Se attribuir ao gremio dos fiéis, composto de homens, os affectos de dor e amargura desdiz de alguma cousa, não é, de certo, das tradições evangelicas, nem das tradições dos antigos padres. Já no seculo IV S. Hilario de Poitiers observava quão frequente era pintar-nos o evangelho como triste e afflicto o Filho de Deus ; e S. Gregorio Magno não duvidava de dizer: «A sancta igreja, emquanto vive esta vida de corrupção, não cessa de chorar os damnos das vicissitudes por que passa»: e n'outra parte: «A dor esmaga a igreja quando vê os perversos prosperarem na propria maldade» .
O ministro de estado honorario, João Elias, alambasava-se em pudding que comia com a faca. O Affonso Botelho, de Passos, d'uma gentilhommerie transmontana, paparrêta, rorejando as phrases e os circumstantes com uma salivação caudal expedida d'entre os dentes illegitimos, como do crivo de um borrifador.
Revertendo aos assumptos debatidos n'aquella roda de trogloditas, cujas caras a lavareda do ponche azulejava terrificamente, dizia um que os monarchas lusitanos, em seculos de bons costumes e fé viva, procreavam filhos illegitimos. Esta noticia fez-me calafrios.
No dia em que os despediram, como illegitimos detentores de uma propriedade commum, perderem um gozo material; e nada mais perderam, porque posse espiritual, comparavel á minha, nunca elles a chegaram a tomar.
O homem póde bater na mulher, mas acaba por ser batido por ella, logicamente. E o defeito da Fininha, o seu gosto pela dança, não era d'aquelles defeitos que compromettem a honra dos maridos. A mulher do Barradas d'Esmoriz, essa sim, servia-se da dança para chegar a certos fins illegitimos. Mas a Fininha gostava da dança pela dança, sem segundas vistas.
Gostava de mendigar ás portas dos conventos e das abbadias, e alistar-se entre a creadagem dos donatarios da corôa, dos commendadores, dos capitães móres, de todos aquelles que viviam do producto dos velhos impostos, que as instituições e as leis tornavam legaes, mas que a justiça, a razão e a humanidade tornavam illegitimos»; essa não podia apreciar os decretos de Mousinho.
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