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'As duas educações', bello quadro de costumes: são dois rapazes, ambos extrangeiramente educados, um francez, outro inglez, nenhum portuguez.

Esclarecido este lado do problema, embora de um modo incompleto e rapido, resta-nos dizer que na segunda metade da historia, na que trata dos individuos e dos episodios, na que pinta os costumes e os pensamentos, o criterio é outro: por isso affirmámos que a historia é uma lição moral.

Vê-se livre da espada de dois gumes que a burra lhe sangrava, e na carcassa vasto caminho abria a vãos queixumes. Menina, que estás co'a mão na massa, reforma os teus costumes. E como incerto é sempre o bem futuro e póde arrepender-se o arrependido, vae pondo, á cautela, no seguro o nome do marido. AL

Os monumentos d'aquelle periodo de devastações e morticinios, as chronicas, as hagiographias, as leis, os actos publicos, os documentos particulares, revelam-nos a cada passo a soltura das paixões, a sanctificação da força, o vilipendio do direito. O mechanismo social e politico era menos monstruoso que o feudalismo, mas os costumes eram mais brutaes e ferozes.

Ha uma cousa muito mais nobre e elevada do que a politica, uma occupação que não degrada os caracteres nem corrompe os costumes, em que não é preciso sacrificar a consciencia nem praticar a injustiça, que nos serve de consolação no meio de todas as angustias: é a cultura litteraria e scientifica.

Os interesses oppostos, os ciumes do poder, os odios que resultavam da vehemencia das paixões, a cubiça, a soltura de costumes, o amor de licenciosa independencia, todas as desordens communs em tempos de ignorancia e fereza, achavam então ensejo favoravel para se patentearem com audacia; muitos fidalgos, além dos que haviam seguido a França o conde de Bolonha, eram adversos a D. Sancho; e o povo, offendido pelo esforço brutal com que os nobres exerciam impunes tanta oppressão, quanta lhe permittiam a extensão dos seus dominios e a fortaleza dos seus castellos, parecia indifferente á sorte do monarcha.

«Os privilegios e as castas são o absurdo, são a torpeza dos costumes, são o desconhecimento completo do seculo que atrevessamos, são as tristes relíquias das épocas feudaes, são os distinctos das ridículas nobiliarchias byzantinas, são a ignorancia e o odio ao trabalho, são, finalmente, a protecção dada em premio, por feitos e acções, que, as mais das vezes, tem sido um poderoso obstaculo ao progresso, e á civilisação da humanidade.

De costumes mais selvagens, menos artistas que os grandes dolicocéfalos das planícies do Ocidente, os orientais haviam aceitado desde o principio as jerarquias sagradas. Nas férteis regiões do Levante, alimentavam o devanear monótono e imóvel do pastor.

Até aquelle largo e generoso humanismo que, derrubando fronteiras, fazia do mundo uma familia e de todos os homens irmãos, começou a perder terreno, vencido pela ideia de patria; a reacção do principio do seculo XIX, chamando em seu auxilio as tradições nacionaes, logo por esse facto traçava limites, marcava divergencias entre os povos e combatia o enlevo humanista, de sua natureza universal, propenso a apagar radicalmente todo o vestigio de divisões de territorio, raça, costumes e instituições.

O penhor nas mãos do mutuante ou do mutuario, a garantia na alfaia e nos fructos pendentes, a associação de qualquer especie como intermediaria e principal responsavel entre os bancos e os lavradores, a simples fiança pelo acceite em lettras de cambio, tudo são processos que podem utilmente ser aproveitados e a nenhum d'elles ousarei contestar valor benefico. Mas sempre direi que tudo o que não seja a singela assignatura em uma letra de cambio garantida com duas firmas que, pelos seus bens e principalmente pelo seu tino e honestidade, mereçam confiança, é mais um signal de descredito do que de credito. Ai d'aquelle cuja reputação não basta e precisa ser amparada por qualquer cousa d'ordem material! Ha muito o commercio e a industria assim o comprehenderam e não sei nem posso attingir, a não ser que os procure em viciosos costumes, os motivos porque um industrial póde levantar dinheiro n'um banco na supposição de que não disporá das mercadorias fabricadas sem satisfazer os seus compromissos e outro tanto não póde fazer o lavrador que é tambem fabricante de productos commerciaveis. Não sei por que ao commerciante se entregam capitaes n'um ajuste tacito de que a elles ficam obrigados os generos que guarda na loja, e não se póde fazer outro tanto com o lavrador que tem celleiro e adega onde guarda objectos igualmente commerciaveis.